Por falar em
complexidade...
Heleno de Paula
Fui embriagado pela seiva da vida, o que me deixou sóbrio à realidade do momento.
Complexidade é tornar
tênue o viver, sem reconhecer e deter seu algoz.
Saber não é o mesmo que
fazer. Assim como o querer não se torna poder quando o pensamento é o seu
verdadeiro atroz. Relutar com a própria natureza com ímpeto, é sacrificar a
alma, é suicidar-se de dentro pra fora, nada adianta martirizar o corpo com os
desânimos iminentes, pois são apenas reflexos do que você fez na vida. Seja a
causa e não consequência, a carne perece rapidamente sem a consciência perene.
Eminente e salutar é prescrever positivismo ao seu Eu, as vicissitudes extirpam-se,
o estado volúvel se aquieta, a paz se aproxima e a razão se entrelaça com a
emoção que se desperta. Necessitamos nos fazer e nos sentir presentes no mundo,
mas acima de tudo amar com sabedoria, para que a nossa caminhada seja mais
branda, mas sem esquecermo-nos a importância de conhecer as dificuldades,
admitir os erros, nos desculpar e corrigi-los, saber que temos limitações,
porém sem se deixar limitar pelos outros. Se conheça. Pense. Viva sem
comparação. Alimente-se de compaixão. Ame sem moderação.