Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)

Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument

sábado, 12 de novembro de 2011

Luz da manhã


Luz da Manhã 
Heleno de Paula


Luz da manhã,
Ontem quase te perdi
Não pela noite,

Nem pelo que ela me traz
Quase te perdi

Pela cegueira do egoísmo,
Que às vezes me consome,
Outras, eu o alimento.
Fui fraco...

Embriagado por uma falsa sensação de segurança
Seria fácil demais remediar tal desventura
Se pudesse regressar o tempo,
Como não posso,
Vou fazê-lo companheiro dos alvoreceres
Em que te vejo, te sinto e exponho meus desejos
Só assim,

Vou me permitir viver com a esperança
De resgatar a tua confiança
E ter um eterno bom dia.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Pensamento


Pensamento
Heleno de Paula



Incontáveis são as vezes que penso escrever algo,
Que ao ser lido, soe de forma sutil aos ouvidos dos outros
Incansáveis noites foram e serão as que ainda o farei
Quando sou agraciado por elogios sinceros, mesmo que poucos
Pode-se até dizer que um objetivo alcancei
Mas o que fazer se não me sinto saciado
Transcrever o sentimento se fez necessário
Meu bálsamo curador, lenitivo, só eu sei
Esboço os traços da alma      
Transformo lágrimas e sorrisos em letras
Meu verdadeiro amparo
É manter essa chama acesa
Oh! Amor puro me banhe com a sapiência
Inunde meu pensamento sem me tornar náufrago do ego, vide consequência
Quero conhecer o que é a vida
Percorrer seus caminhos de dentro pra fora
Finalmente aprender que a saída
Tem seu tempo, sua hora
Despertamos ao preenchermos as lacunas viscerais
Enigmático Eu, sejas sempre a chave mestra dessa viagem contínua,
Não a tranca que aprisiona os ideais
Não quero analisar as pessoas
Não vejo o que está à minha volta
Nem sempre a visão é tão boa
Quando se olha por trás da porta
Quero descobrir como sair de dentro de mim
Estou preso, mas o interessante é que não tenho medo
No passado até tive sim!
Evoluí sem segredo
Desmistifiquei as diferenças em meras formas de preconceito
Hoje mais solícito às convivências
Ganhei a paz que fez morada em meu peito
A capacidade de um indivíduo realizar qualquer coisa que realmente queira
Nos aproxima uns dos outros
Não é tese, lei ou simples besteira
Ideologia minha, enfim tampouco
Busco consolar meu coração sem me perder na razão
Alimentar as dores, ansiedades e desilusões com a doçura do lado positivo
Finalmente aprender o real sentido da existência nesse mundo
Contemplar a harmonia e extinguir o desgosto profundo.

Nossa história


Nossa história

Heleno de Paula


Nossa história nasceu assim:
Quando você surgiu na minha vida
Eu estava perdido dentro de mim
Me iluminou e ajudou a encontrar uma saída
Me resgatou da triste solitária revertendo meu fim
Eu não estava morto, só não vivia
Nem vivi um pesadelo, pois não dormia
O meu mundo era outro, uma ilusão
Desventuras causadas por uma paixão
Transcendi num plano maior
Conheci o tempo que me acolheu e me protegeu,
mas sem dó...
Me aprisionou dentro do “Eu”
por si só...
E quando desvendei o enigma da salvação
Fui guiado por suas retinas de celeste brilho
A seguir em frente, cumprindo o destino...
Alimentando a alma de paz e de amor o coração
E agora que me sinto tão bem,
Por me ver em seus olhos cheios de luz
Só quero expressar o carinho a quem me tem
A eterna gratidão por me salvar da cruz
Eu quero compor pra você o mais lindo verso de amor
Eu quero poder fazer com perfeita harmonia
Uma doce melodia para um coração sem dor.


Nem sim, nem não


Nem sim, nem não
Heleno de Paula


Somos diferentes sim
Não no jeito de amar
Nem tampouco se dar
Fim pra recomeçar feliz,
Feliz novamente...
Talvez como sempre fui com você
Pra não padecer indigente
Sim, indulgente pra salvar o amor
Não, pra não mais sofrer com a dor
Nem chorar alimentando um rancor
Sim, se preciso for...
Foi...
Foi embora sem dizer adeus
E agora o que faço?    
Perdido estou sem teus abraços
E o sozinho de novo, é vazio sim
É triste.
Sim, foi preciso nos separarmos,
Pra valorizarmos a verdade que há na gente
Pois nem só a paixão,
Nem só as palavras foram suficientes
"...Sim, deve haver o perdão..."


Nas noites de amor


Nas noites de amor

Heleno de Paula



Dê–me um sorriso que eu me entrego,
Tão mais que preciso for.
Toque os cabelos, me perco em seus dedos.
Doces afagos, me rendo aos seus braços.
Descanso profundo.
Viver é ter você em mim.
Vem me provar por inteiro,
Provocar sem receios
E ceder aos apelos que eu faço.
Mata a sede.
Na taça desejo segredos são revelados.
Embriagados sem asco ou pudor,
Sou eu e você, apenas um nas noites de amor.


Lapa de Outrora


Lapa de Outrora
Heleno de Paula


Lapa querida,
Antes tão marginalizada, que saudade!
Parece que foi ontem, “ eu vivia...”
A lua, uma amante enamorada
Dentre todas as outras é claro!
Em cada esquina eu tinha uma amada
Orgias, flores, valentia e madrugada
Um sentimento se dava ao outro
Trovas, versos, a boêmia me inspirava
Ruas, becos e putas de(s)calçada(s)
Ouviam-se sambas, poesias e mentiras entre risadas
Rio, terra minha, maravilha idolatrada
Arcos que abençoem essa nostalgia desvairada.

Quase um Rap


Quase um Rap
Heleno de Paula


Desperto as quatro da matina
Levanto na maior maestria
É tão cedo que as retinas se perguntam
Será noite ou já é dia?
Acordo pronto pra guerra
Aquela velha causa de batalha
Vou defender o pão e o leite
Porque de ontem véio!
Nem me sobraram as migalhas
Em dois minutos chego ao fronte
É isso mesmo mano
A um pulo de onde eu moro
Cê sabe onde!
Logo ali no canteiro central
Entre as esquinas das prima
Os farolete em meio ao caos
Atravesso o paço
E a cada passo penso na vida
Que é quase um rap
Procuro rir na rima certa
Pra não chorar a triste sina
Seguimos em frente me acompanhe
Bem-vindo ao clube tio
Essa é a minha história
Não sei ler nem escrever
Mas ainda penso em vitória
Vamos fazer o seguinte:
Transformar o que te conto em poesia
Você vem escreve a letra e tal
Mas faz maneiro, porque se der...
Faço um som, saca?
A batida, a melodia, na moral!
A parada é essa:
Nasci nas ruas sim, é nóiz fita!
Não tenho vergonha, nem orgulho de dizer,
Tenho apenas o temor dos que pensam mal de mim
Dos maus, do que podem vir a me fazer,
Será que me tornei uma aberração por isso? É... vai saber!
Quando acontece algo de ruim
Não se apresentam, nem dá tempo de me conhecer
Incrível como a crítica me atinge, só caô!
Sou fuzilado dia após dia
Assaltam-me a dignidade de viver
Vendem a minha alma
Marginalizam e depois me afagam
Putz! Tudo é mera hipocrisia
Mas quem sou eu para julgá-los?
Quem sou eu?
Quem sou?
Chega a tarde o sol me arde
E ainda me dizem:
Se fosse neguinho seria pior!
Mas o que isso importa?
Pra que tanto alarde?
As chibatadas já estão tatuadas em minhas costas
Sou brasileiro, mestiço convicto, puro e verdadeiro
Sobrevivo entre rasteiras e cambalhotas
Ouço muito mais, até coisas que o Pai duvida
Mas na cabeça só me resta a voz de minha velha
Mulher guerreira que jamais será esquecida
É tipo um ditado, que assim se diz e ensina:
“Pra tudo nessa vida sempre tem uma saída”
Procuro a porta mas não acho, então eu grito:
Mãos ao alto!
Acalmem-se! Vamos glorificar o Senhor!
E aí me pegam e me batem!
Misericórdia meu Deus!
“Eles não sabem o que fazem”
Assim cresci, me transformei, e...
Já deu meia-noite tenho que partir
O quanto pude te juro tio, me desenvolvi
O que espero do futuro?
Hã! Só amanhã vou descobrir
Sob a lua ou meu abajur
Estendo minha cama, o papelão
Dou boa noite a minha mina
A madruga é fria,
Hoje vou dormir com meus irmão.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sem mais rancor


Sem mais rancor
Heleno de Paula


De dor em poesia eu entendo
Transcreve-se a agonia e o dissabor
De quem um dia viveu em desalento
A triste melancolia que passou
E quem há de curar esse lamento
É só o tempo
Que jura que entre espinhos existe flor
Pra uns chamada de paixão intensa
Pra outros, de verdadeiro amor
A natureza é sábia
Trouxe o vento
Levando os desalinhos vis, sofrido sou
Mas não morri
Enterrei meu sentimento
E sei que um dia, hei de colher sem mais rancor.

Meu tempo

Meu tempo
Heleno de Paula     

Enquanto vejo o seu retrato, procuro entender
Sonhos não realizados e o peito a doer
É chama da paixão que me arde
Reclama sua cara metade
Na cama onde esqueço o presente o passado e o futuro
Meu tempo é você
Ainda penso como vou mudar meu mundo
Cada momento, os segundos...
Perdido encontrando você
Alma em lágrimas, quanta falta me faz
Vivo o tormento do melhor e o pior
Que é te ver e te ter, apenas uma vez mais.


Poesia de Motel

Poesia de Motel
Heleno de Paula





Quando me vejo em teus olhos e sinto o teu perfume,
Paira o desejo no ar.
Vem, mata a minha sede, no chão, na parede,
É paixão pra se dar.
Jeito bom de eterna amante,
Teu batom, vermelho instigante.
Vem, marca todo meu corpo, me faz delirar!
Tenho certeza que esse encontro para o mundo,
Pelo menos, o meu e o teu!
Gritos, silêncio e sussurros.
Loucuras que nos fazem sonhar.
Quanta beleza, dois corpos numa arte.
Não há tempo, nem cedo ou tarde,
Na vida o prazer é amar, ser feliz, gozar.
Desfrutar o sabor dos doces beijos,
Despir-se de pudor sem receios.
Vem, feche as cortinas, apague a luz e ligue o ar.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Incrível ironia

Incrível ironia

Heleno de Paula


Dorme pra eu ninar teu sono
Se envolve nos braços meus
E sinta encostada em meu peito
Um coração que hoje é só teu
E há de saber que a cada segundo,
Em cada batida
Ele clama você
Meu mundo que já foi fantasia
Numa incrível ironia
Tão real fez você
Lágrimas hão de cair
Mas só de alegria
Ao teu lado as noites e os dias
Só me fazem sorrir.

Descansas

Descansas
Heleno de Paula


Pele morena
Corpo cansado despojado sobre o meu
Peito quente, todo suado
Um doce refúgio que é só teu
Além do mais, tem o cheiro e o sabor
Das noites e dos dias incríveis de amor
Agora descansas sem os leves afagos
Sonhos são lembranças que se foram juntos aos passos.

Apenas um

Apenas um

Heleno de Paula


                     
Quero correr mundo afora
Fora do mundo
Fora de mim
Quero saciar os desejos profundos
Boca me arde
Cor de Carmim
Em teus olhos, um vívido amor
Em teu corpo, libido fulgor
Pensamentos alheios ao instinto
Irracional jeito promíscuo de ser
Teu semblante fala, num tom bem sucinto
E eu refugio a alma, descanso em prazer
Nos tornamos um, apenas um,
Mais nada a dizer.

Amor Perdido


Amor Perdido
Heleno de Paula



Não há perfume que se compare com o seu
E os lábios doces que um dia já foram meus
Amor, perdido em ti, ainda sim será...
Pureza com todo respeito em forma de flor
As nuances necessitam da tua cor,
Pois tens um brilho que reluz paixão e fulgor
Calor que aqueceu o meu coração
É o sentimento que vive. Sempre. Sem saber o que é razão.



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