Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)

Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Devaneio itinerante


Devaneio itinerante
Heleno de Paula


Minha alma emudeceu num prematuro e vertiginoso instante,
Fatalidade ocasionada por teu olhar que me acometeu.
O pensamento falho, sem voz, pecou nesse singular momento excitante.
Minhas retinas se enclausuraram nos teus detalhes.
Eu, já não era eu.
O mundo afora insatisfeito por ter sido ignorado, transformado em coadjuvante, contracenava sem ter fala. Sôfrego pelo desfecho da história instigante que sucedeu.
Perdi-me no tempo e no espaço.
Perambulante, esqueci-me da outra pessoa que no amor me acolheu.
Infiel por te guardar nas lembranças, como se fosse amante.
Sofro um devaneio itinerante, por não expor essa paixão que me abateu.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Diamante negro


Diamante negro
Heleno de Paula


Pele negra como o raro diamante,
Mas não tão intocável, posso dizer.
Ainda sinto teu corpo debruçado sobre o meu.
E de saudade ardo,
A chama não se apaga.
Faz-se presente em minha vida, assim gravada:
Paixão alucinada,
Imensurável prazer.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Choro poeta

Choro poeta

Heleno de Paula


Na calada da noite em que chora um poeta,
Solidário o céu chora brando o sereno,
Comovido o vento suspira vendo tal sentimento,
A lua inunda o horizonte de melancolia
E as estrelas fulguram uma triste poesia,
Que refletida no mar entre outros lamentos,
Faz os anjos cruzarem o além-firmamento,
Pra libertar esses versos da insalubre agonia.
Nasce um poema de amor junto à aurora do dia.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Fado


Fado
Heleno de Paula



Quando ouvem um triste fado,
Sei que Alfama canta e chora,
Chora em versos o Bairro Alto
E Madragoa porque eu fui embora.

Enxuguei as lembranças de Lisboa,
No meu rascunho de poesia.
E num alpendre a Cotovia,
Despediu-se com um canto que até hoje ecoa.

Sei que a minha vida é nostalgia,
E se não fosse eu Mouraria.
Porque a saudade me namora.

De porto em porto sei que um dia...
Aportarei em teus braços. Oh, pátria minha!
Um filho teu estará de volta.



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