Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)

Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Fez-se a luz

Fez-se a luz
Heleno de Paula










Cuide da terra
Regue as flores
Abrace e beije os bichos, entre outros amores.
Compartilhe teus escritos
Ouça os discos
Relembre a canção preferida
A emoção que permeia, encandeia a vida
Descubra outras línguas, ensine...
Inunde com o teu sorriso, tantas outras bocas
Faça de cada segundo um momento sublime,
Pois há sempre alguém que te louva
E de verso em verso
Regozijo esta poesia, com as lembranças que trago de ti, encaracolados cabelos, amiga minha.
Palavras que anseiam o gozo
Desfrutar o mundo
Errar, acertar, tentar e tentar...
Recomeçar de novo
Conhecer a si, talvez até se perder
Mas enfim, permitir-se, ser.
Reverso do entrave nos olhos dos outros
Faça-se a luz da tua amizade
Em nossos destinos, um horizonte pomposo.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Meu grito

Meu grito
Heleno de Paula




Mãos trêmulas, a caneta em disparate, não consegue permear o papel com a sua cotidiana poesia.
As retinas em alarde, surtaram, acabaram de testemunhar, alvejaram mais pobre, negro, arrebatado pela violência do dia a dia.
O pensamento consternado, pasma-se.
Mais uma bala amarga a doce vida de uma criança nesta cidade.
A mãe, como se vendo a alma do filho saltar-lhe o frágil corpo que ao curto prazo, apenas oito anos o guardava, não ora, sem blasfemar, a Deus brava, o porquê de ter que velar a quem mais amava.
Transeuntes alheios ao sofrimento na companhia de autoridades que refutavam o acontecimento.
Gritos por justiça...
Punhos cerrados...
Sonhos cerceados...
Sensação de impunidade.
Mais gritos ecoam, faz-se um motim.
Inflam-se os pulmões, ressoam cívicos...
Covardes!
Em mim, o medo, a lágrima, a revolta...
O Estado a bancarrota.
Na mãe, nada suplanta a dor, só há saudade.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Um dia explico

Um dia explico
Heleno de Paula




Não queira chorar o meu choro,
Tampouco sofrer minhas dores.
Nem mesmo a saudade que eu sinto,
Compare aos lamentos tão seus.

Deus, me deu uma vida a levar...
Cuidou de tudo, soube bem
Um dia explico.

Deus,
Doou-me a ti, oh, minha mãe
Quis me rever, não penses mal
É só o ciclo

Pai, e se o pranto causar a revolta,
Blasfemarem em vão?
Se carecem de paz na alma...
Faz a redenção!
O amor prevalece, acalanta...
Dá voz a cada coração!

Pai, e se o tom entristece...
E agora, o que conforta?
Não temer jamais?!?
É certeza que a fé suplanta...
O que aprendi de Vós?!?
A esperança é chama perene!
Oremos nós.


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