Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)
Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument
quinta-feira, 23 de junho de 2016
Que Mauá?
Que Mauá?
Heleno de Paula
Heleno de Paula
Por vezes a intuição não me favorece.
Ponho-me a pensar que eu esteja envelhecendo.
Ando meio cansado, esquecendo das coisas, dos significados e sinônimos de certas palavras, que por ora não me lembro, mas sei que este fato ocorreu nos últimos dias.
Daí, apresso-me a recolher minha memória, aguçar as lembranças...
Faço meus neurônios chacoalharem feito os jamelões que eu catava do pé de um vizinho em Mauá.
Saciavam-me a fome de menino.
Adoçavam-me a boca e a vida.
Manchavam-me as pontas dos dedos e a língua.
Até hoje, descortinando o pensamento, é possível enxergar o colorido passado.
Talvez eu esteja sendo um pouco rabugento comigo mesmo.
Talvez valham-me mais os frutos das recordações que acompanharam-se de cores, sabores e cheiros, do que a ideia de que palavras possam vir a mostrar um intelecto que não faz parte do real cotidiano que preenche meus anos de existência, cá sobre esse mundão de Deus.
Ponho-me a pensar que eu esteja envelhecendo.
Ando meio cansado, esquecendo das coisas, dos significados e sinônimos de certas palavras, que por ora não me lembro, mas sei que este fato ocorreu nos últimos dias.
Daí, apresso-me a recolher minha memória, aguçar as lembranças...
Faço meus neurônios chacoalharem feito os jamelões que eu catava do pé de um vizinho em Mauá.
Saciavam-me a fome de menino.
Adoçavam-me a boca e a vida.
Manchavam-me as pontas dos dedos e a língua.
Até hoje, descortinando o pensamento, é possível enxergar o colorido passado.
Talvez eu esteja sendo um pouco rabugento comigo mesmo.
Talvez valham-me mais os frutos das recordações que acompanharam-se de cores, sabores e cheiros, do que a ideia de que palavras possam vir a mostrar um intelecto que não faz parte do real cotidiano que preenche meus anos de existência, cá sobre esse mundão de Deus.
Notas de um futuro que ainda não vi
Notas de um futuro que ainda não vi
Heleno de Paula
Tudo que conquistei, me foi concedido por mérito.
Ao longo dos anos mais ganhei do que perdi, confesso que tive vantagem, pois fiz do fim de cada dia uma medalha, justa premiação por concluir uma jornada de árduo trabalho e convivência com os meus semelhantes (cada qual com suas particularidades), é verdade! Mas a totalidade da vivência, sempre foi positiva, graças a fé que me tomou pelas mãos e me guiou por esse mundo afora.
Conheci o que era virtude através dos olhos-espelhos dos que sorriam ao me ver.
Reinventei meu jeito de ser por diversas vezes, sem jamais ser volátil.
Vi amarguras, vivi desventuras, sonhei ilusões...
Seria inimaginável ter convivido alheio aos anseios dos próximos. Ah! Como Deus foi complacente comigo, eu que tive um passado imaturo, prostrei diante desse futuro, como se carregasse a rotina feito uma lápide que adornaria minha própria cova, estou aqui. Estou no lucro, pronto para mais uma poesia que meu destino devaneia.
Ao longo dos anos mais ganhei do que perdi, confesso que tive vantagem, pois fiz do fim de cada dia uma medalha, justa premiação por concluir uma jornada de árduo trabalho e convivência com os meus semelhantes (cada qual com suas particularidades), é verdade! Mas a totalidade da vivência, sempre foi positiva, graças a fé que me tomou pelas mãos e me guiou por esse mundo afora.
Conheci o que era virtude através dos olhos-espelhos dos que sorriam ao me ver.
Reinventei meu jeito de ser por diversas vezes, sem jamais ser volátil.
Vi amarguras, vivi desventuras, sonhei ilusões...
Seria inimaginável ter convivido alheio aos anseios dos próximos. Ah! Como Deus foi complacente comigo, eu que tive um passado imaturo, prostrei diante desse futuro, como se carregasse a rotina feito uma lápide que adornaria minha própria cova, estou aqui. Estou no lucro, pronto para mais uma poesia que meu destino devaneia.
Azul
Azul
Heleno de Paula
Heleno de Paula
Aprumado meu corpo na tua rede
Minha vivacidade se embala, descansa.
Os olhos extinguem o entorno verde
Fustigados pelo vento, que consigo traz lembranças
Minha vivacidade se embala, descansa.
Os olhos extinguem o entorno verde
Fustigados pelo vento, que consigo traz lembranças
Azul imensidão,
Pai no pensamento.
Infinito azul, azul vazio, desatino!
Em vão, busco o contínuo alento
Pai no pensamento.
Infinito azul, azul vazio, desatino!
Em vão, busco o contínuo alento
A dor é revoada em delta que cinge o céu
Volta e meia, revisita minha morada
E o pior, não tão previsível quanto o tempo de emigrada
Volta e meia, revisita minha morada
E o pior, não tão previsível quanto o tempo de emigrada
Vou no rumo que Deus traçou
Que tua alma me acompanhe, nos voos de saudade, que a tua passagem me deixou.
Que tua alma me acompanhe, nos voos de saudade, que a tua passagem me deixou.
domingo, 29 de maio de 2016
Deixo a ti
Deixo a ti
Heleno de Paula
Tuas lágrimas me inspiram,
Como um canto em triste tom.
Cada alma tem seu dom
Deixo a ti minha gratidão
ante teu coração
Vi teu manto cobrir meu
chão
Ouvi meu nome em tua
oração
Mas há dias em que o frio
vem me visitar
O medo faz morada em meu
olhar
Solidão no Crepúsculo
Vermelho luar
E a eternidade a me
chamar...
E eu, e eu, e eu, e eu...
Ah, vida!
Posto a me entregar
É justo assim findar?
Vazio o peito, chama prestes
a se apagar
E eu, e eu, e eu, e eu...
Destino?
Os olhos por fechar
E eu, e eu, e eu, e eu...
Isso é tudo?
É o ciclo?
É renovar?
Ah, vermelho luar!
Os anjos já me anunciam
O corpo renuncia
A Alma aprazia
E Deus, e Deus, e Deus, e
Deus...
É Deus?
E eu, e eu, e eu, e eu...
Só me resta te deixar...
Adeus, adeus, adeus,
adeus...
Adeus.
sexta-feira, 11 de março de 2016
Ao menos uma vez
Ao menos uma vez
Heleno de Paula
Quem me dera saltar dentre
estas páginas, sob o teu olhar de amor furtivo,
Entrelinhas, ser o anseio
que tua libido implora.
Despudorava-te o
pensamento
Tornava-te um ser mais
instintivo
Avassalaria tuas ideias, como
a verve volúvel de um poeta qual a paixão devora.
Quem me dera
desmistificar-te sem receios
Palavras que sussurram,
tuas mãos tateiam
Ser as carícias
confidentes entre versos e outros meios madrugada afora.
Ah, quem me dera te
sentir, assim como me sentes!
Ler-te e reler-te incansavelmente
Desnudar-te em poesia
Quem me dera tracejar teu
corpo
Preencher-te de vida
reticente
Ao menos uma vez o destino
poderia findar-me.
Quem me dera!
Quem me dera...
Assim de ti me vingaria.
sábado, 27 de fevereiro de 2016
Fato
Fato
Heleno de Paula
Ao que indaga sobre meus
anseios e amores,
Sem rumores e pudores eu
lhe falo
Tudo me importa, em tudo
há vida...
Sons, tatos, cheiros,
lembranças e sabores
Até mesmo uma folha branca
pra mim significa,
É o pensar, é o novo, é o
início do meu trabalho.
A tua curiosidade sobre
mim, me dignifica.
Contemplo até mesmo limpar
a bunda com papel sanitário.
Esta última referência,
não pense ser chula ou a estes versos descabida.
É para lembrar-te que não
há fama, dinheiro ou afins banais
Nada suplanta a vivência
intrínseca
Perecemos sob solo fétido,
Fato.
Somos todos iguais.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
No way
No way - Minha viagem nas
águas de Leminski
Heleno de Paula
Noé,
Não é nóia não, no way!
É papo reto meu rei.
Rasgado o bote inflável,
Clamam ao infalível, os
ditos puros.
No mar de gente, um
impávido?
Não salva os sonhos em
apuros.
Na crista da onda,
insanos,
Articulando seus planos
Bote infalível da serpente
Envenenando...
Causando toda moléstia.
Carregando...
Nossa cruz o Cristo sente.
Estamos à deriva!
A história é repetitiva.
É traição expressiva.
Já não é só Eva e Adão,
Pecamos em multidão.
Maçã em massa,
Boom!
É atração explosiva.
Pensaram que haveria
saída?
Dessa vez não, no way out!
Game over
Finish
Goodbye my friend
Não haverá mais partida.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Ao Pai
Ao Pai
Heleno de Paula
Submeti meus sentimentos
ao clausuro,
Herdei palavras,
inspiração.
Pensei num tempo
longínquo, venturo.
Sob um olhar auspício, a
proteção.
Ah, novos ares de
esperança!
Que não me falte fé a cada
aurora
Indulgente seja essa andança!
Apascentado o sono, o
porvir se revigora.
Erguerei do silêncio, do
peito mudo.
Não haverá vazio, nem
solidão.
Saudade é vento que sopra
o mundo,
Nasce dos que habitam na
redenção.
Ó, almas benevolentes!
Livrai-me do mal que a
cada passo se salienta.
Roguei a Deus Onipresente!
Resguardai-me ó Pai desta
recôndita contenda.
terça-feira, 19 de maio de 2015
Cotidiano passional
Cotidiano passional
Heleno de Paula
Entre nossos corpos,
Fincamos uma estaca
intitulada distância
Entre nossas bocas,
Um solo escarrado com palavras
de intolerância
Entre o certo e o errado,
entre o bem e o mal...
A razão a quem convém,
O entendimento muito aquém,
Cotidiano passional
Ah, quanto tempo!
Ah, quanta ânsia!
Sentimento febril,
Vida sem pujança
Desvarios. Nunca nós. Só
vazio, sem ressalvas.
Quiçá se salvem nossas
almas!
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Coração de Maria
Coração de Maria
Heleno de Paula
Enxuga as tuas lágrimas, o sofrimento não necessita ser velado.
Abranda os teus pensamentos com o sorriso da alma de uma criança, pois as flores em vida só precisam de água, luz e amor.
Entenda que no jardim que hoje habito, a água é o fluido que energiza nossa forma natural e perene. A luz é a prece que se tornou minha companheira assídua.
Através da oração nos pomos em vigília constante, pois os assombros não descansam.
Em teus sonhos, às vezes, me faço presente. Não te assustes, a saudade também nos é vivenciada.
Repare que em cada ato de amor que realizares, estarás mais feliz e eu mais perto de ti. Quando há dúvida e as atitudes são negligenciadas, os maus pensamentos te cercam e afligem o teu peito.
Reconhecerás os meus sinais, que serão incansáveis em teu auxílio.
Não recue diante dos percalços. Se tu caíres, eu e meus irmãos em Deus te reergueremos.
Mais vale os pés feridos por uma longa jornada, do que a alma arrebatada por um curto voo.
“Olhai, orai e vigiai, porque não sabeis quando chegará o tempo”.
Abranda os teus pensamentos com o sorriso da alma de uma criança, pois as flores em vida só precisam de água, luz e amor.
Entenda que no jardim que hoje habito, a água é o fluido que energiza nossa forma natural e perene. A luz é a prece que se tornou minha companheira assídua.
Através da oração nos pomos em vigília constante, pois os assombros não descansam.
Em teus sonhos, às vezes, me faço presente. Não te assustes, a saudade também nos é vivenciada.
Repare que em cada ato de amor que realizares, estarás mais feliz e eu mais perto de ti. Quando há dúvida e as atitudes são negligenciadas, os maus pensamentos te cercam e afligem o teu peito.
Reconhecerás os meus sinais, que serão incansáveis em teu auxílio.
Não recue diante dos percalços. Se tu caíres, eu e meus irmãos em Deus te reergueremos.
Mais vale os pés feridos por uma longa jornada, do que a alma arrebatada por um curto voo.
“Olhai, orai e vigiai, porque não sabeis quando chegará o tempo”.
quinta-feira, 26 de março de 2015
Señales
Señales
Heleno de Paula
No conozco
tus deseos
Querría en
ellos hacer morada
En tus ojos
yo buceo
Y alrededor
no veo nada
Poco a poco
el sentimiento
Toma el
cuerpo y el alma
Corazón
flechado siendo
El frío coge
en mi espalda
Señal de amor
En tus brazos
descanso, la paz llegó
Señal de
gracias
Semillas de
bien fue lo que
plantó
La suerte hoy...
Me besa y abraza.
Assinar:
Postagens (Atom)