Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)

Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pó de tristeza


Pó de tristeza
Heleno de Paula



Sinto e às vezes choro
Sinto e às vezes mudo
Sinto e às vezes calo
Sinto que me iludo.

Sinto. Não me consolo
Sinto por às vezes amar
Sinto às vezes o imploro
Sinto-me o solo escapar.

Sinto, eu me inspiro.
Sinto o tempo passar
Sinto-me num labirinto
Sinto não poder voar.

Sinto e às vezes há lágrima
Sinto às vezes um dó
Sinto e escrevo essa lástima
Sinto na garganta um nó.

Sinto que pode ser tarde
Sinto-me às vezes vão
Sinto-me apenas carne
Sinto-me, às vezes não.

Sem o teu olhar
Sem a tua voz
Sem o teu sorriso
Sem a tua grandeza
Sem ter com quem sonhar
Sem o teu sentimento
Sem a tua melodia
Sem alegria
Sem beleza
Sem estrela guia
Sem firmamento
Sem noite
Sem dia
Sem paz
Sem contentamento
Sinto-me perdido,
Vida sem poesia,
Pó de tristeza ao vento.




sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Eternamente criança


Eternamente criança
Heleno de Paula



Como é belo envelhecer...
É divino poder desfrutar o dia a dia.
Errar para aprender e os acertos ensinar.
Compartilhar as vivências só pedindo luz no caminhar.
Aos ouvidos de Deus, ser uma doce melodia.
O valor moral é o próprio respeito pela vida,
E ele juntamente com o amor faz o alicerce da família,
E essa por sua vez é a base de tudo.
Com ela não existem adversidades insuperáveis.
Como é bom envelhecer...
E ver que tudo que foi ensinado por nossos pais foi providencialmente importante,
Principalmente a colocar vírgulas para respirar nas linhas da vida.
Respirar, pausar, elucidar o pensamento e agir.
Isso sim é de suma importância, dar movimento ao pensamento,
Colocar em prática cada planejamento, cada sonho, cada pequeno desejo...
Aos olhos de Deus ser a virtuosa formiguinha das historinhas infantis.
Ser eternamente uma criança, mesmo aos olhos dos nossos filhos.




quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Meu ninho


Meu ninho
Heleno de Paula



Eu, em qualquer canto faço meu ninho.
Penso, escrevo, reconheço meus medos,
Admito meus erros, faço planos, sonho,
Choro, sorrio, enlouqueço e até mesmo me curo.
Eu, em qualquer canto em meu ninho...
Só não sei viver sozinho.

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