Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)
Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
terça-feira, 2 de outubro de 2018
Ah, se tu soubesses!
Ah, se tu soubesses!
Heleno de Paula
Só queria que tu soubesses
Que tudo escrevo tem teu dedo
Tem teus afagos
Tem nossos segredos,
pouco a pouco revelados
No pensamento tua voz ecoa,
Como se estivéssemos lado a lado
Ah, se tu soubesses!
Que tudo que escrevo tem teu dedo
Tem teu cheiro,
Tem meu peito despedaçado
Ah, mas se eu soubesse...
Que Deus mudasse o meu passado!
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Bardo navegante
Bardo navegante
Heleno de Paula
Na ânsia de escrever, e deleitar em versos o hodierno horizonte que os teus olhos em tempo percorre, peca o marujo-poeta. Perde-se entre o porto que te acerca, como a realidade aos teus pés feito cordoalha, e o mar bravio sedento de audazes que sob a voz da ambição o navega. Fraqueja o bardo navegante, hesita acompanhar a revoada sobre o espelho d'água. Temeroso, ancora a alma, à deriva deixa o corpo e a poesia queda embargada.
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
Fez-se a luz
Fez-se a luz
Heleno de Paula
Cuide da terra
Regue as flores
Abrace e beije os bichos, entre outros amores.
Compartilhe teus escritos
Ouça os discos
Relembre a canção preferida
A emoção que permeia, encandeia a vida
Descubra outras línguas, ensine...
Inunde com o teu sorriso, tantas outras bocas
Faça de cada segundo um momento sublime,
Pois há sempre alguém que te louva
E de verso em verso
Regozijo esta poesia, com as lembranças que trago de ti, encaracolados cabelos, amiga minha.
Palavras que anseiam o gozo
Desfrutar o mundo
Errar, acertar, tentar e tentar...
Recomeçar de novo
Conhecer a si, talvez até se perder
Mas enfim, permitir-se, ser.
Reverso do entrave nos olhos dos outros
Faça-se a luz da tua amizade
Em nossos destinos, um horizonte pomposo.
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Meu grito
Meu grito
Heleno de Paula
Heleno de Paula
Mãos trêmulas, a caneta em disparate, não consegue permear o
papel com a sua cotidiana poesia.
As retinas em alarde, surtaram, acabaram de testemunhar, alvejaram mais pobre, negro, arrebatado pela violência do dia a dia.
O pensamento consternado, pasma-se.
Mais uma bala amarga a doce vida de uma criança nesta cidade.
A mãe, como se vendo a alma do filho saltar-lhe o frágil corpo que ao curto prazo, apenas oito anos o guardava, não ora, sem blasfemar, a Deus brava, o porquê de ter que velar a quem mais amava.
Transeuntes alheios ao sofrimento na companhia de autoridades que refutavam o acontecimento.
Gritos por justiça...
Punhos cerrados...
Sonhos cerceados...
Sensação de impunidade.
Mais gritos ecoam, faz-se um motim.
Inflam-se os pulmões, ressoam cívicos...
Covardes!
Em mim, o medo, a lágrima, a revolta...
O Estado a bancarrota.
Na mãe, nada suplanta a dor, só há saudade.
As retinas em alarde, surtaram, acabaram de testemunhar, alvejaram mais pobre, negro, arrebatado pela violência do dia a dia.
O pensamento consternado, pasma-se.
Mais uma bala amarga a doce vida de uma criança nesta cidade.
A mãe, como se vendo a alma do filho saltar-lhe o frágil corpo que ao curto prazo, apenas oito anos o guardava, não ora, sem blasfemar, a Deus brava, o porquê de ter que velar a quem mais amava.
Transeuntes alheios ao sofrimento na companhia de autoridades que refutavam o acontecimento.
Gritos por justiça...
Punhos cerrados...
Sonhos cerceados...
Sensação de impunidade.
Mais gritos ecoam, faz-se um motim.
Inflam-se os pulmões, ressoam cívicos...
Covardes!
Em mim, o medo, a lágrima, a revolta...
O Estado a bancarrota.
Na mãe, nada suplanta a dor, só há saudade.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Um dia explico
Um dia explico
Heleno de Paula
Não queira chorar o meu
choro,
Tampouco sofrer minhas
dores.
Nem mesmo a saudade que eu
sinto,
Compare aos lamentos tão
seus.
Deus, me deu uma vida a
levar...
Cuidou de tudo, soube bem
Um dia explico.
Deus,
Doou-me a ti, oh, minha mãe
Quis me rever, não penses
mal
É só o ciclo
Pai, e se o pranto causar
a revolta,
Blasfemarem em vão?
Se carecem de paz na
alma...
Faz a redenção!
O amor prevalece,
acalanta...
Dá voz a cada coração!
Pai, e se o tom entristece...
E agora, o que conforta?
Não temer jamais?!?
É certeza que a fé
suplanta...
O que aprendi de Vós?!?
A esperança é chama perene!
Oremos nós.
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