Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)

Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Depressão

Depressão
Heleno de Paula


Mora a dor em mim
Dizem...
Deixa isso passa

Tudo que é ruim...
Simples, o tempo apaga

E eu fico assim...
Sem saber se há esperança
Só de pensar sobre o amor,
ver a alma sofrer,
dá um nó na garganta

Sinto num corte profundo
O peso do mundo,
o medo vem e me arrebate

Sinto que a minha sintonia
além da poesia é com a melancolia,
talvez seja tarde

Mas se o acaso houver
Bem-vindo o que vier
Faça o que bem quiser...

Mas por Deus, não me mate!
Por Deus, não me mate...
Por Deus, não me mate.

















segunda-feira, 17 de junho de 2019

Qual é o teu medo?


Qual é o teu medo?
Heleno de Paula


Quantas rugas um espelho não viveu?
Quantos corpos uma sombra jamais sentiu?
Quantas vezes blasfemamos a Deus?
Quantos gritos da alma nem sequer se ouviu?

Quando o mundo nos calou a voz?
Quando a fome e a sede nos serviu?
Quantas vezes desatamos nós?
Quais os laços de verdade uniu?

Em quanto tempo se apascenta um coração?
Quantas vezes a saudade nos sorriu?
Quantas vezes já caiu um irmão?
Quantas vezes levantou e seguiu?

Quantas vezes estendemos nossas mãos?
Quantos abraços nos protegeram, viu?
É infindável interpelar só com a razão,
a emoção com poesia inferiu.














quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Um olhar

Um olhar
Heleno de Paula

No teu olhar, me fiz mirada
Paixão fulgurada
Razão revirada
Morada encontrei

Por esse olhar de jeito travesso,
Transgrido, enlouqueço...
Ao léu, peito, apreço...
Meus braços, outro alguém

E o ébrio poeta errante
Em terras distantes,
Num peito vagueia

Hesita por vezes, destino à sorte
Argúcia ferida
A vida o golpeia.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Ontem

Ontem
Heleno de Paula


A ideia do hoje me amanhecer poeta,
pouco importa
Bonito foi o ontem,
quando em meus braços tive o céu,
tangível enquanto teu corpo
As pintas sobrepujadas como estrelas,
Imensurável prazer, infindo
Hoje a realidade se denota
O firmamento continua longínquo...
Ausência, solidão...
E a poesia se extinguindo.

Em tempo


Em tempo
Heleno de Paula


Taciturno tempo que não te tenho.
Sem teu sorriso, sem sonhos irisados,
Sem a urgência que só a nós pertence
Tudo é meia-nau, trivial...
Revel ao momento, aqui distante,
sigo descontente
E que se acuse o acaso pela cumplicidade no crime passional.
Insensatez verter nossos olhares serodiamente
E se os corações já não estão incólumes,
que o destino nos seja indulgente.

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