Devaneio itinerante
Heleno de Paula
Minha alma emudeceu num
prematuro e vertiginoso instante,
Fatalidade ocasionada por
teu olhar que me acometeu.
O pensamento falho, sem
voz, pecou nesse singular momento excitante.
Minhas retinas se enclausuraram
nos teus detalhes.
Eu, já não era eu.
O mundo afora insatisfeito
por ter sido ignorado, transformado em coadjuvante, contracenava sem ter fala. Sôfrego
pelo desfecho da história instigante que sucedeu.
Perdi-me no tempo e no
espaço.
Perambulante, esqueci-me
da outra pessoa que no amor me acolheu.
Infiel por te guardar nas
lembranças, como se fosse amante.
Sofro um devaneio itinerante,
por não expor essa paixão que me abateu.
6 comentários:
Lindo Heleno!!! Parabéns
Maravilhoso!
Texto muito bem escrito e muito interessante. Abraços
Que belos devaneios poeta. Parabéns!
Muito bonito mesmo, parabéns abraços.
Muito lindo
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