Ao menos uma vez
Heleno de Paula
Quem me dera saltar dentre
estas páginas, sob o teu olhar de amor furtivo,
Entrelinhas, ser o anseio
que tua libido implora.
Despudorava-te o
pensamento
Tornava-te um ser mais
instintivo
Avassalaria tuas ideias, como
a verve volúvel de um poeta qual a paixão devora.
Quem me dera
desmistificar-te sem receios
Palavras que sussurram,
tuas mãos tateiam
Ser as carícias
confidentes entre versos e outros meios madrugada afora.
Ah, quem me dera te
sentir, assim como me sentes!
Ler-te e reler-te incansavelmente
Desnudar-te em poesia
Quem me dera tracejar teu
corpo
Preencher-te de vida
reticente
Ao menos uma vez o destino
poderia findar-me.
Quem me dera!
Quem me dera...
Assim de ti me vingaria.
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