Apogeu
Heleno de Paula
E
quando a alma emudeceu,
Pasmada
por desmedida desventura.
Num
tempo tênue, o amor de Deus,
Ensinou
que na vida o perdão traz a candura.
Liberta
da sofreguidão,
Apascentou-se
na sagrada palavra.
Sem
dor, sem caos e sem solidão,
Bendisse
aos céus, que expôs suas largas asas.
Descobriu-se
angelical, guardiã de todos os sentidos.
Âmago,
a consciência é o lenitivo.
Pôs-se
a rezar, agradecendo a sua cura.
Ergueu-se,
pairou no ar e observou uma sepultura.
Jazia
o corpo que lhe acolheu.
Salva
pela fé. Redenção. Apogeu.
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