Destino em giz
Heleno de Paula
Diz que é meu céu
Sempre diz que é meu sol
Sempre diz que é meu mel
Sempre giz num pedaço de
papel, ser feliz...
Sempre disco da Elis
Sempre mancha o batom
Sem o véu, vi tuas
lágrimas no chão...
Chão que foi meu mar
Chão que foi luar
Grão de estrela,
Colo aonde a vida vem
ninar.
O que eu sempre quis,
Um amor sem cicatriz...
Lume alma, a paz que me
fez sonhar...
Então diz...
Diz onde está?
Diz...
Vou te encontrar!
Deus, por que levá-la e me
deixar?
Agora o céu não apraz o
meu olhar
O sol pouco me aquece,
peito frio...
Dói só de lembrar!
Amarga a boca, sem sorriso
no caminho, sem saber rezar...
Sem Tom, apenas Nelson
Cavaquinho e o que me faça chorar.
Eu fiz de tudo, e você o
que quis provar?
Abancado. Estático. Um
gole de veneno.
Observo o pó de giz ao
vento...
Ansioso, aguardo o destino escrito se apagar.
2 comentários:
Heleno,seus poemas são maravilhosos,pois o sigo lendo sempre, senão aqui,no face.Em suas palavras você retrata-nos todos os tipos de sentimento desde a paixão indomável à dor da alma. O pó de giz
me emocionou e me mostrou solidão,tristeza,morte,mesmo que simbólica.Gosto de ler seus poemas e fazer minhas várias leituras. Perdoe-me se sou ousada com sua escrita. Grande poeta. Beijos!
Mi querido amigo Heleno, hace algún tiempo que no nos vemos y lo siento, pero no puedo llegar a visitarles a todos.
Nos dejo un poema hermoso, con cierta melancolía y bellas metáforas.
Si puede pase por mi casa, mi blog está de fiesta por su 4º aniversario.
Gracias.
Con ternura le dejo un beso.
Sor.Cecilia
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