Vão
Heleno de Paula
Caí num vão profundo,
Tardio, descobri esse
vazio dentro de mim.
Chorei ao reconhecê-lo
como meu mundo,
Um lado oculto alimentado
por incertezas sem fim.
Nesse momento uma bruma
fez-se presente,
Silenciei os passos, quedei
sem anseios.
Acometido por meus medos,
precocemente,
Petrifiquei os meus atos
ao joeirar devaneios.
Estagnei sobre essas
pedras que criei,
Por onde eu não soube
caminhar.
Diante de dúvidas, por
vezes prostrei,
Abdiquei de o pensamento elucidar.
Perdi a oportunidade de
viver,
Perdi-me por não tentar.
Um comentário:
Gostei de sua poesia.
Este último poema, apesar de bastante melancólico, é muito bonito.
Já me fiz sua seguidora.
Tudo de bom, beijinhos
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