Loucura
Heleno de Paula
Por que me atormentas?
O que ainda desejas?
Já me bastam os pesadelos
com o pranto da tua loucura.
Deixe-me.
Pensas que sabe algo de
mim?
Lave a tua boca,
Não consegue nem enxergar
a tua triste realidade.
Insana, em tua saliva espumada
com a raiva,
Eu molho a ponta da minha
pena,
E faço um poema pesado de
rancor, dor e amargura.
Não assino, pois
simplesmente escrevo o que a tua própria alma dita.
Mal dita, é tão pobre de
espírito que não sabe expressar-se.
É um dom quase negado,
renegada em apuros,
Salve-se agora! Tens uma
eternidade pela frente,
Porém quanto antes, menos
tortuoso será o teu caminho.
Lama, pedra, fogo, lodo e
tua carne podre. Tudo igual.
Assim como os teus
comparsas sombrios,
Corra...
Lave-se...
Deixe escorrer toda essa
maldade no ralo fétido no vale do desespero.
Resgate-se...
Pois ninguém o fará por
você.
4 comentários:
E que essa alma podre e fetida de loucura, se purifique com a beleza de sua poesia. Bjos achocoaltados
Obrigado pelo carinho minha linda. Paz e bem.
que a menina que enterrou os cadáveres em seu jardim, encontre a doce loucura de tornar o jardim perfumado.
Que assim seja...
Obrigado pela visita. Beijos.
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