Lapa em silêncio
Heleno de Paula
Lapa em silêncio
O sol te adormeceu
Secou tuas lágrimas de
sereno
Tua maquiagem já manchada,
Pelos arcos escorreu.
Desgastados pela loucura
Entorpecidos pelas drogas
Tua humanidade é carne
crua,
Tua alma nua é ainda
inóspita.
Insanos em cada esquina
Arrebatados pela madrugada
As vidas se perdem numa
partida
Os destinos regressam uma
jogada.
Por te amar corro esses
riscos
Defendo-te prenda minha, a
boêmia apaixonada,
Quebro as grades do
preconceito
Liberto-te nas canções e
nas poesias,
Nos pensamentos e nas
noites enluaradas.
9 comentários:
Muitos passam sem sequer ver além das coisas... das cores, dos sabores, dos odores, e você capturou com as lentes de uma sensível retina a sinestesia daquelas ruas, realidade nua e crua.
A lapa outrora foi mais bela . como seu poema...
Abraços !
Muito obrigado pela visita meu amigo. Paz e bem.
Lapa das nossas divagações, sonhos e pesadelos! Dos poetas que se misturam às construções sombrias, dos poemas incrustados nas pinturas gastas, formando uma só paisagem com o abstrato e o cruel... Lapa dos fantasmas que passeiam entre seus arcos; dos obscuros amores malditos. Um pedaço da nossa história resgatada para as novas gerações!
Parabéns pela inspiração!
Lindíssimas palavras minha querida, muito obrigado pela visita. Espero que volte. Beijos.
Olá lindíssimo poema parabéns.
agradeço sua visita bjs.
Obrigado pelo carinho, sinta-se em casa. Paz e bem
Tô na Lapa hoje e tudo é barulho de silêncio vadio, dentro de mim.Um brinde no bar das Kengas.
Salve, salve a malandragem! Boa noite pra quem é de boa noite!
Beijos.
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