Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)
Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Passatempo
Passatempo
Heleno de Paula
Fotos,
fatos, fardos...
Abri
o baú do passado,
Revisitei
os caminhos por mim germinados,
Busquei
respostas para o que não colhi.
Percebi
que as lembranças já não são tão vastas,
Passatempo
em mãos...
Nossa!
Como
o tempo passa!
Pele
manchada, enrugada,...
Pior,
alma lastimada!
O
jogo da vida é outro,
A
realidade às vezes dói.
As
segundas, terceiras e outras chances mais, demoram.
É
bem verdade que por mais que estejamos perdendo ou ganhando,
Preocupamo-nos
mais com o findar da partida.
Ah,
a partida!
As
regras nunca foram bem claras,
Ninguém
quis ou ainda quer aprender a perder.
Podemos
sim, retroceder, mas entregar os pontos jamais!
Frase
tão previsível, tão previsível quanto a minha vida.
Mas
entendi que revirar a memória não é martirizar-se,
Não
é girar uma roleta, jogar os dados, se lançar a toda sorte.
É preencher
o ócio do pensamento.
Diga-se
de passagem, é o pouco que me resta,
É
o mais intrínseco momento a momento.
O
silêncio que nos habita, nos torna cúmplice do destino.
Esmorecemos
quando o acaso deixa de nos surpreender.
Nossa!
Como
o tempo passa!
Pobre
de mim, passatempo que fui de você.quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
A quem possa interessar...
A
quem possa interessar...
Heleno de Paula
A
quem possa interessar...
Doo-me
com prazer.
Tenho
um coração um tanto quanto rodado, com alguns arranhões de apaixonado, mas
ainda forte o bastante pra aguentar aquele amor enciumado.
A
quem possa interessar...
Tenho
olhos que vertem lágrimas de dor e alegria, depende do ânimo que lhe abastecem.
Quando despertos, ativos, leem e refletem outros sentimentos. Quando cerrados,
passivos, avistam sonhos, almas e outros adventos.
A
quem possa interessar...
Tenho
ombros não tão largos e fortes, mas são confortáveis, quase anatômicos, se
adaptam muito bem ao pesar dos amigos.
A
quem possa interessar...
Escuto
muito bem, nenhuma conversa entra por um ouvido e sai por outro, existe uma
trava de segurança chamada companheirismo.
A
quem possa interessar...
Tenho
uma boca que é sempre sorriso, por vezes fala o que é necessário ser dito e
quase sempre cala quando é preciso.
A
quem possa interessar...
Tenho
mãos calejadas na labuta, acompanhadas de braços, abraços e carinhos em cada toque,
não perdem o tato, não fogem à luta.
A
quem possa interessar...
Tenho
alma...
Desculpem-me.
Isso
eu já não posso doar, pertence a Deus!
Espero
que Ele possa perdoar algumas infâmias e outras más condutas!
Ne(ê)go, ne(ê)ga
Ne(ê)go, ne(ê)ga
Heleno de Paula
- Nêga, não é nada disso!
Não é nada disso que você
pensa!
O terno com batom rosado
Ele foi manchado no trem
apertado,
Ligue a TV, até saiu na
imprensa.
Nêga te peço o seguinte:
Tenha um pouco mais de
paciência
Respire fundo e conte até
vinte
Se acalme um pouco, bote a
mão na consciência.
Findar agora a nossa
relação,
Vai doer em mim bem mais
Vou sofrer demais com a
tua ausência.
Olha meu amor, não faça
isso não!
Rogo a ti o meu perdão,
Por tamanha negligência.
- Nêgo, foi até bonito o
discurso,
Mas já não adianta o
pedido
Eu te avisei há muito
tempo
E desde sempre falhou
comigo.
Tuas desculpas, eu já não
aguento,
Eu nem sei mais o que é
sorriso,
Deixe-me em paz, viva o
teu momento,
Já estou cansada de ouvir tudo
isso!
- Nêga, não negue o teu nêgo!
- Nego, não sou mais tua
nêga!
- Nêga, como nega o nêgo
assim?
- Nego, porque você me nega
a verdade, enfim...
Nego, porque tu me negas!
Agora fique com tuas nêgas neguim!
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Simplificando a poesia
Simplificando
a poesia
Heleno de Paula
Imoto
frente a um magnificente pórtico,
Olvidei
todo o plano ao teu redor.
Indubitavelmente,
optei por contemplar o fulgurar do teu ímpar sorriso.
Momento
fortuito pro meu sentimento até então caótico.
Atônito,
verteram-se lágrimas em meu rosto hirsuto,
Despido
de anseios, preso em meu mundo inóspito,
Gritos
se ouviram, inspirei...
Pude
perceber que vinham do meu “Eu” quase oculto.
E
eu que pensava ser poeta resoluto,
Fruto
de terra úbere de poesia, findo meu surto!
Sem
fenecer, sem bem viver, sem bem um intuito.
Gozaria
a tua essência de amar,
Se
soubesse aclarar as palavras que cingem a minha vida,
E
sem delongas, estendesse a emoção de te admirar,
Simplificando
o encanto que fez o pensamento pairar,
Interpelando-a:
Acredita em amor à primeira vista?
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Encuentro y despedida
Encuentro y
despedida
Heleno de Paula
¿Dime
naturaleza, qué oyes del viento?
¡Creo que le
cuenta secretos!
Quiero
echarlos al mi cielo
Hacerlos
estrellas
Poner mis
manos cada noche en cada uno
Soñarlos…
Realizarlos…
Eternizarlos
en tus ojos
Secretos guardados
en pechos salvajes
Puros
corazones que pulsan sangre y poesía placentera
Río que mata
mi sed y se propaga en mi cuerpo
Tus regiones
se abren y se dejan ahogar
Yo, el mar
celoso,
Lleno de
ansiedad y sentimiento de todo un poco
Porque cada
día que se encuentran tus aguas con las mías…
Tus olas
besan mis olas como despedida,
Tu claridad
muere en mis brazos oscuros,
Y tu orilla
se queda abierta como herida.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Pés abstratos
Pés abstratos
Heleno de Paula
Tela de Fábio Ribeiro - Exposição "Consequência" - HOMEGROWN
Pés abstratos aos olhos
Caminham, deslizam,
manobram via pensamentos.
Nus ou calçados sustentam
atitudes, impávidos!
Denotam diferentes estilos
e comportamentos.
Embasam virtudes,
suplantam percalços,
Figuram anseios nas andanças
de um destino.
Pegadas, sinais da
lembrança em traços,
Marcas das brincadeiras de
infância,
Das declarações de amor...
Por onde a vida foi
seguindo!
Degraus à frente,
ascensão, bonança...
Eleva-se a satisfação da
capacidade do indivíduo.
Valorizados os calos, as
feridas, as trajetórias mundanas,
Sentimento de realização
sem atalhos percorridos.
Se há o “Lava-pés” singelo
nas entrelinhas,
Entre as telas, passeiam sonhos
de um menino.
sábado, 19 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Tempos
Tempos
Heleno de Paula
A cada tempo choramos,
entristecemos, temos medo...
Vivemos angústias.
Chove dentro do nosso
peito,
A esperança da alma vaga
sob um céu cinzento.
Os sonhos tornam-se longas
noites de inverno.
Assim a centelha divina
nos ensina algumas lições de tempo,
O tempo da cura, das
reflexões e dos atos.
Porque a contínua vivência
irradiada por bons tempos,
Nos cega, assola nossas
virtudes.
Pouco a pouco esquecemos o
real sentido de estar aqui,
Mas no sofrer se incide a fé.
A fé que dispersa a
nebulosidade, desanuvia o pensamento.
Novamente nos é permitido
contemplar a paz das alvoradas.
Sim, é preciso se reconhecer,
aclarar de dentro pra fora.
Não é só questão de tempo.
Não é só questão de tempo.
É necessário fazer por
merecer, em tempo...
Esse é o momento, faça-o
agora.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Destino em giz
Destino em giz
Heleno de Paula
Diz que é meu céu
Sempre diz que é meu sol
Sempre diz que é meu mel
Sempre giz num pedaço de
papel, ser feliz...
Sempre disco da Elis
Sempre mancha o batom
Sem o véu, vi tuas
lágrimas no chão...
Chão que foi meu mar
Chão que foi luar
Grão de estrela,
Colo aonde a vida vem
ninar.
O que eu sempre quis,
Um amor sem cicatriz...
Lume alma, a paz que me
fez sonhar...
Então diz...
Diz onde está?
Diz...
Vou te encontrar!
Deus, por que levá-la e me
deixar?
Agora o céu não apraz o
meu olhar
O sol pouco me aquece,
peito frio...
Dói só de lembrar!
Amarga a boca, sem sorriso
no caminho, sem saber rezar...
Sem Tom, apenas Nelson
Cavaquinho e o que me faça chorar.
Eu fiz de tudo, e você o
que quis provar?
Abancado. Estático. Um
gole de veneno.
Observo o pó de giz ao
vento...
Ansioso, aguardo o destino escrito se apagar.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Pájaro nocturno
Pájaro nocturno
Heleno
de Paula
Hoy la tristeza navega junto a mí
Ciertamente no la tengo como buena compañera
Esa fue la más larga noche que viví
Ven pájaro nocturno, lleva mi alma más allá de esta frontera
Invítame a conocer otras desgracias
Porque mi vida ya está llena y nada más me asombra
Hace tiempo que deseo ver tus negras alas
Volar por el cielo hasta donde la pasión no alcanza
Fue por amor que caí ayer
Es por amor que sufro hoy
Ya que llevaste mi razón, mi querer
Llama… sólo el cuerpo que me resta y así me voy.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Ah, bailarina!
Ah, bailarina!
Heleno de Paula
Dorme bailarina e sonhe.
Sonhe um sonho bem
travesso,
Um sonho todo avesso. É...
Um sonho quase meu, quase
eu, quase louco...
Desses onde tudo é ao
contrário.
Ria bailarina, pois tenho
apreço.
Fazer-te rir, sei que é
meu preço!
Teu sorriso é o que
alimenta o meu imaginário.
Só quando descansas é que
te vejo,
Pura, sem pintura, sem
fitas, sem laços...
Ah, frescura!
Cada pose, cada gesto...
Brisa que acompanha os
teus passos.
Ah, bailarina!
Ai de mim palhaço!
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Tempo de criança
Tempo de criança
Heleno de Paula
Hoje brinquei com o tempo.
Rabisquei o céu, fiz
corações de nuvens e sublinhei minha saudade.
Cirandei de mãos dadas com
o vento,
No esconde-esconde,
enganei a fria tempestade.
Desci num enorme arco-íris,
Depois virei-o,
transformando-o num colorido sorriso.
Mãe! Saltei sobre estrelas
incríveis!
Graças as suas orações,
cheguei em paz aqui no paraíso!
Papai do céu me recebeu
com a pombinha branca,
Que nesta manhã revoou
sobre a sua janela.
Disse-me que era o Espírito
Santo, levando a ti o sentimento de criança.
Não se preocupe. Já não me
canso e a dor... já era!
Mãe! Brinque também com o
tempo,
Saia na chuva girando de
braços abertos.
Ver você feliz é o que eu
preciso no momento,
Não temas a nada, pois
estarei sempre por perto!
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Amigo puro
Amigo puro
Heleno de Paula
Imagen sacada del Google Paulo Bedran
Me encanta cuando tu alma llamea
Pero así mismo, sin quemar la siento.
Siento, porque la vida dentro de ti chispea
Hojas por arriba de hojas, dándote forma, fuerza y un olor distinto.
Así es la vida de tu pueblo respetable,
No se baja ni si el destino lo golpea.
¡Eso sí, amigo puro, es admirable!
"¡Hasta la victoria siempre!",
El pensamiento que centellea.
Veo que en las venas de tu cuerpo,
Hay toda la sutileza de la poesía.
Mismo cuando me saluda la soledad,
O hasta cuando me invita la alegría.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Vão
Vão
Heleno de Paula
Caí num vão profundo,
Tardio, descobri esse
vazio dentro de mim.
Chorei ao reconhecê-lo
como meu mundo,
Um lado oculto alimentado
por incertezas sem fim.
Nesse momento uma bruma
fez-se presente,
Silenciei os passos, quedei
sem anseios.
Acometido por meus medos,
precocemente,
Petrifiquei os meus atos
ao joeirar devaneios.
Estagnei sobre essas
pedras que criei,
Por onde eu não soube
caminhar.
Diante de dúvidas, por
vezes prostrei,
Abdiquei de o pensamento elucidar.
Perdi a oportunidade de
viver,
Perdi-me por não tentar.
terça-feira, 28 de maio de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
Inquietude
Inquietude
Heleno de Paula
Ah, essa impetuosa
inquietude que aos seres consome!
Assombra os sonhos,
Acomete os atos,
Transgride a realidade com
insalubres desvarios.
Ah, essa gente que não
honra a vida, muito menos o nome!
Embriagam os fatos,
Vestem-se de inveja dentre
outros trajes medonhos,
Adjetivam as palavras com
goles de um veneno mesquinho.
Bravos dignos! Não temem o
cansaço, nem sede e nem fome,
Procuram elucidar os
pensamentos dos doentios.
Devaneios da alma cingem o
corpo, pobres Homens!
Entorpecem seus destinos
com lamentos vadios.
Ah, essa devassa
inquietude de querer ser melhor do que os outros,
Sem sequer tentar melhorar
a si mesmo!
É atentar contra um
espelho em falso,
É mirar, atirar, e pungir
o próprio peito.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Samba de breque do cão sem dono
Samba de breque do cão sem
dono
Heleno de Paula
Não...
Eu sei não sou um bom
partido
Estou mais pra fruto
proibido
Mas não sou carente de
razão, nem mesmo emoção!
Não...
Não tão devasso em
atitudes
Conheço bem vicissitudes
Sei que é preciso
melhorar, mas... Por favor, alto lá!
Não...
Não me renego e tenho
apreço
E vivo a vida que eu
mereço!
Talvez difícil pra você,
quer que eu faça o quê?
Não...
Não sei se um dia mudo e
volto
Ou busco abrigo em outros
colos
Como um cão sem dono, vivo
a brincar,
Mas não esqueça que ainda
posso ladrar,
Boto pra correr quem
ocupar meu lugar!
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Mãe
Mãe
Heleno de Paula
Teu ventre foi a minha
morada
Tua alma até hoje me
guarda
Nas minhas lágrimas
refletiu o teu sorriso
Teu corpo quente em
silêncio calou meu grito
Nasci bendito fruto e
irmão de todos
Filho pra uns, amor para
os outros.
Bendita mulher que acolheu
o meu espírito
E ensinou que só o bem
abre os caminhos.
Cresci pisando em chão,
não em vão!
Encontrei flores e alguns
espinhos.
Valorizei cada percurso,
cada pedra nessa vida estrada,
Sem tuas mãos me apoiei
nas tuas palavras.
Sei que nada é ao acaso
Cada coisa tem seu devido
tempo,
Tudo é obra do divino
Alimentou assim meu
sentimento.
Anjo, quando em terra
esconde as asas.
Dádiva ímpar, luz por natureza
de essência inestimada.
Mãe.
Três letras. A mais
perfeita poesia em mim guardada!
sábado, 20 de abril de 2013
Lágrimas
Lágrimas
Heleno de Paula
De tanto llorar por ti
Mis ojos y mi pecho se secaron
En vano buscan tus manos complacientes
Pero sin ánimo y sin lágrimas,
No más se expresaron
En tiempo mi corazón sediento de ti,
Silenciosamente sangra
El alma tristemente lo siente morír,
Diciéndole: ¡Ve por quien te ama!
terça-feira, 9 de abril de 2013
As folhas quando caem...
As folhas quando caem...
Heleno de Paula
Algumas folhas vêm e vão,
ajudam campos a semear.
Algumas pessoas vêm e vão
e nos ensinam o que é amar.
Algumas folhas vêm e
outras vão, paragens notáveis de se admirar.
Algumas pessoas vêm, passam
em vão, sem nada a nos acrescentar.
Folhas vêm e vão como pessoas
vêm e vão, é a eternidade a nos acompanhar.
As folhas quando caem...
Manhã de Outono a
despontar.
As folhas quando caem...
Minhas lágrimas tocam onde
jaz, como se fossem te beijar.
Passaram-se alguns anos
desde que fecundou de saudade meu peito e esse lugar.
Nossa! Como são incríveis essas
folhas, formam teu sorriso pairando pelo ar!
Sinto tua presença, sei
que estás a me vigiar!
Como essas outras folhas
que quando caem me apascentam no olhar.
Procuro-te entre elas, mas
não consigo te enxergar.
As folhas quando caem, é vida
que se transforma, se faz perpetuar.
Difícil é conviver sem teu
toque, mas sei que um dia vou te encontrar.
As almas não fenecem, mudam
as folhagens e outros jardins vão visitar.
As folhas quando caem...
Ah! As folhas quando caem!
Libertam-se. Aprendem a voar.
segunda-feira, 25 de março de 2013
Las cosas del alma
Las cosas del alma
Heleno de Paula
Siguiendo el destino
Mi alma me dice que tengo alas,
Pero aún no sé volar.
Me dice también que soy como un
marino,
Hijo de las aguas y sobre las olas
puedo caminar.
Dime y dime muchas cosas…
He oído a través del viento,
Que algunos no me entienden y bromean
sobre mi sin parar.
De repente, la luz del pensamiento
me golpea:
¡No te preocupes, son personas
tristes que no saben soñar!
terça-feira, 19 de março de 2013
Até breve!
Até breve!
Heleno de Paula
Toda vez que eu penso em teus
olhos,
Rendem-se e choram os meus.
Toda vez que a dor me
acerta,
Punge o peito, chaga
aberta...
É a ausência do teu.
Toda vez que calo o canto,
Sufoca tanto que a alma
sai pra respirar.
Toda vez que a música
liberta,
É a tua voz ecoando em
meus sonhos,
Anjos com trombetas a te
acompanhar.
Toda vez que blasfemo o
destino, a vida...
Você me ensina a pedir o
perdão.
Toda vez que a razão foi
perdida,
Você salientou ainda:
- Na escola divina só há
paz se houver compaixão!
A emoção toma conta ao te
reencontrar sorrindo,
Poder te sentir igual
quando eu era menino.
Agradeço a Deus por minhas
preces ter ouvido,
Ter te recebido nos braços,
jamais a deixado só!
Dou-lhe um abraço apertado
e me despeço: - Até breve vó!
sábado, 16 de março de 2013
Ayame
Ayame
Heleno de Paula
Flor Ayame,
O Oriente querência de
tuas raízes,
Despontou em meus versos
ao sol nascente
Fazendo de ti lembrança
tão presente,
Que meu sentimento é
fadado a perder suas diretrizes.
Eu, em alma e asas que me
poetizam,
Voo sobre o mundo dos
Salgueiros,
Observo o silêncio das
Gueixas e Lótus que ali habitam,
Encontro-te entre pétalas
com um sorriso derradeiro,
Finda o sonho, não finda a
vida.
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