Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)
Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument
quinta-feira, 20 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Vão
Vão
Heleno de Paula
Caí num vão profundo,
Tardio, descobri esse
vazio dentro de mim.
Chorei ao reconhecê-lo
como meu mundo,
Um lado oculto alimentado
por incertezas sem fim.
Nesse momento uma bruma
fez-se presente,
Silenciei os passos, quedei
sem anseios.
Acometido por meus medos,
precocemente,
Petrifiquei os meus atos
ao joeirar devaneios.
Estagnei sobre essas
pedras que criei,
Por onde eu não soube
caminhar.
Diante de dúvidas, por
vezes prostrei,
Abdiquei de o pensamento elucidar.
Perdi a oportunidade de
viver,
Perdi-me por não tentar.
terça-feira, 28 de maio de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
Inquietude
Inquietude
Heleno de Paula
Ah, essa impetuosa
inquietude que aos seres consome!
Assombra os sonhos,
Acomete os atos,
Transgride a realidade com
insalubres desvarios.
Ah, essa gente que não
honra a vida, muito menos o nome!
Embriagam os fatos,
Vestem-se de inveja dentre
outros trajes medonhos,
Adjetivam as palavras com
goles de um veneno mesquinho.
Bravos dignos! Não temem o
cansaço, nem sede e nem fome,
Procuram elucidar os
pensamentos dos doentios.
Devaneios da alma cingem o
corpo, pobres Homens!
Entorpecem seus destinos
com lamentos vadios.
Ah, essa devassa
inquietude de querer ser melhor do que os outros,
Sem sequer tentar melhorar
a si mesmo!
É atentar contra um
espelho em falso,
É mirar, atirar, e pungir
o próprio peito.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Samba de breque do cão sem dono
Samba de breque do cão sem
dono
Heleno de Paula
Não...
Eu sei não sou um bom
partido
Estou mais pra fruto
proibido
Mas não sou carente de
razão, nem mesmo emoção!
Não...
Não tão devasso em
atitudes
Conheço bem vicissitudes
Sei que é preciso
melhorar, mas... Por favor, alto lá!
Não...
Não me renego e tenho
apreço
E vivo a vida que eu
mereço!
Talvez difícil pra você,
quer que eu faça o quê?
Não...
Não sei se um dia mudo e
volto
Ou busco abrigo em outros
colos
Como um cão sem dono, vivo
a brincar,
Mas não esqueça que ainda
posso ladrar,
Boto pra correr quem
ocupar meu lugar!
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Mãe
Mãe
Heleno de Paula
Teu ventre foi a minha
morada
Tua alma até hoje me
guarda
Nas minhas lágrimas
refletiu o teu sorriso
Teu corpo quente em
silêncio calou meu grito
Nasci bendito fruto e
irmão de todos
Filho pra uns, amor para
os outros.
Bendita mulher que acolheu
o meu espírito
E ensinou que só o bem
abre os caminhos.
Cresci pisando em chão,
não em vão!
Encontrei flores e alguns
espinhos.
Valorizei cada percurso,
cada pedra nessa vida estrada,
Sem tuas mãos me apoiei
nas tuas palavras.
Sei que nada é ao acaso
Cada coisa tem seu devido
tempo,
Tudo é obra do divino
Alimentou assim meu
sentimento.
Anjo, quando em terra
esconde as asas.
Dádiva ímpar, luz por natureza
de essência inestimada.
Mãe.
Três letras. A mais
perfeita poesia em mim guardada!
sábado, 20 de abril de 2013
Lágrimas
Lágrimas
Heleno de Paula
De tanto llorar por ti
Mis ojos y mi pecho se secaron
En vano buscan tus manos complacientes
Pero sin ánimo y sin lágrimas,
No más se expresaron
En tiempo mi corazón sediento de ti,
Silenciosamente sangra
El alma tristemente lo siente morír,
Diciéndole: ¡Ve por quien te ama!
terça-feira, 9 de abril de 2013
As folhas quando caem...
As folhas quando caem...
Heleno de Paula
Algumas folhas vêm e vão,
ajudam campos a semear.
Algumas pessoas vêm e vão
e nos ensinam o que é amar.
Algumas folhas vêm e
outras vão, paragens notáveis de se admirar.
Algumas pessoas vêm, passam
em vão, sem nada a nos acrescentar.
Folhas vêm e vão como pessoas
vêm e vão, é a eternidade a nos acompanhar.
As folhas quando caem...
Manhã de Outono a
despontar.
As folhas quando caem...
Minhas lágrimas tocam onde
jaz, como se fossem te beijar.
Passaram-se alguns anos
desde que fecundou de saudade meu peito e esse lugar.
Nossa! Como são incríveis essas
folhas, formam teu sorriso pairando pelo ar!
Sinto tua presença, sei
que estás a me vigiar!
Como essas outras folhas
que quando caem me apascentam no olhar.
Procuro-te entre elas, mas
não consigo te enxergar.
As folhas quando caem, é vida
que se transforma, se faz perpetuar.
Difícil é conviver sem teu
toque, mas sei que um dia vou te encontrar.
As almas não fenecem, mudam
as folhagens e outros jardins vão visitar.
As folhas quando caem...
Ah! As folhas quando caem!
Libertam-se. Aprendem a voar.
segunda-feira, 25 de março de 2013
Las cosas del alma
Las cosas del alma
Heleno de Paula
Siguiendo el destino
Mi alma me dice que tengo alas,
Pero aún no sé volar.
Me dice también que soy como un
marino,
Hijo de las aguas y sobre las olas
puedo caminar.
Dime y dime muchas cosas…
He oído a través del viento,
Que algunos no me entienden y bromean
sobre mi sin parar.
De repente, la luz del pensamiento
me golpea:
¡No te preocupes, son personas
tristes que no saben soñar!
terça-feira, 19 de março de 2013
Até breve!
Até breve!
Heleno de Paula
Toda vez que eu penso em teus
olhos,
Rendem-se e choram os meus.
Toda vez que a dor me
acerta,
Punge o peito, chaga
aberta...
É a ausência do teu.
Toda vez que calo o canto,
Sufoca tanto que a alma
sai pra respirar.
Toda vez que a música
liberta,
É a tua voz ecoando em
meus sonhos,
Anjos com trombetas a te
acompanhar.
Toda vez que blasfemo o
destino, a vida...
Você me ensina a pedir o
perdão.
Toda vez que a razão foi
perdida,
Você salientou ainda:
- Na escola divina só há
paz se houver compaixão!
A emoção toma conta ao te
reencontrar sorrindo,
Poder te sentir igual
quando eu era menino.
Agradeço a Deus por minhas
preces ter ouvido,
Ter te recebido nos braços,
jamais a deixado só!
Dou-lhe um abraço apertado
e me despeço: - Até breve vó!
sábado, 16 de março de 2013
Ayame
Ayame
Heleno de Paula
Flor Ayame,
O Oriente querência de
tuas raízes,
Despontou em meus versos
ao sol nascente
Fazendo de ti lembrança
tão presente,
Que meu sentimento é
fadado a perder suas diretrizes.
Eu, em alma e asas que me
poetizam,
Voo sobre o mundo dos
Salgueiros,
Observo o silêncio das
Gueixas e Lótus que ali habitam,
Encontro-te entre pétalas
com um sorriso derradeiro,
Finda o sonho, não finda a
vida.
domingo, 10 de março de 2013
Como as ondas
Como as ondas
Heleno de Paula
Ébrio de paixões hostis, avessas.
Parte o marujo rumo ao pôr do sol, longínquo.
Ensaia o suicídio entre as cordoalhas espessas
Hesita, teme o Caronte por um julgamento iníquo.
Navegante de mares bravios e de vidas assim igualadas
De cais em cais perde-se entre súcubos e desvarios
Põe-se a cama, entregue as almas escravizadas,
Deixa-as no alvor quente. Pobres os corações tão frios!
Apruma o veleiro do destino que o carrega
Iça as velas e a bandeira branca ao sol a pino
O azimute o orienta e o vento leva
Sem despedidas, sem fados tristes e calado o sino.
Na imensidão, liberto, some o marujo poeta.
Rosa dos ventos o inspira versos e como as ondas, vou te seguindo...
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Lapso
Lapso
Heleno
de Paula
Distraí-me no silêncio do vazio que deixastes.
Apeteço tua voz em minha vida.
Vago em meio tempo, num curto espaço...
No vão que arquitetastes.
Lacunoso por tua ausência, meu pensamento quase falha sem a razão que
lhe aprazia.
Mas não se preocupe, é intrínseca essa carência, irrefutável.
Pois como todo poeta de emoção tão variável,
Até um lapso de loucura me incita a poesia.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Onde anda você?
Onde anda você?
Heleno de Paula
Onde anda você?
Minha vida esvaiu sem
você.
Penso num sorriso e vem
você,
Penso num desejo e vem
você,
Num prazer, e vem você.
Ainda penso...
Sou mais você.
E ainda a sinto, sem ter
você,
Sem sequer a ver.
E tanto minto pra esquecer,
Que só consigo me perder.
Onde era lindo, só fiz
chover.
Voei entre lágrimas,
Asas pesadas pelo findo
querer.
E suspiro pouco a pouco a
perecer,
Tempo que me maltrata,
Dilacera o peito ou o que
ainda resta,
Arranca-me a alma, punge o
destino,
Fere sonhos, fez-se a saudade.
Essa sim fez doer!
E ainda dói.
Dói não te encontrar,
Dói não mais sonhar,
Dói não mais amar,
E como dói não me
conhecer.
Jaz o meu saber,
Sem contento por não conseguir
entender como deixei nosso amor fenecer.
Onde anda você?
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Lá da Portela
Lá da Portela
Heleno de Paula
Amor desses de uma noite é
bom só no carnaval,
Depois já não faz tão bem,
machuca feito açoite,
Daí já não é tão mal ter um
amor convencional.
Meu peito quando clama
alguém, é sinal que ele quer sossegar,
É o motivo da razão que
lhe convém, de durante o ano não querer se maltratar.
Num romance eu me mostro
maduro e verdadeiro,
Faço de tudo o tempo todo,
só pra agradar.
Mas tudo corre apuro, pois
é chegado Fevereiro,
Apodreço, faço das ruas o meu
novo lar.
Só volto Quarta-Feira, sujo
em cinzas, venho cantando... Lá, laiá, laiá...
Finjo e digo que nada
aconteceu, pra quem sempre me pergunta: - Que mulata era aquela?
Falo que desconheço esse
assunto, e para os insistentes, eu me exalto e grito: - Nunca vi, deve ser lá
da Portela!
Dou mais um gole na
saideira e despisto o povo com uma velha brincadeira, descontraindo o que se
sucedeu.
Dou uma boa gargalhada, e
encerro toda a conversa fiada perguntando: - Tem culpa eu?
Saio de fininho, viro à
direita rapidinho, e ao longe eu vejo uma doce criatura, que no portão de casa
sempre fica a me esperar.
Então pensei... Chegou ao
fim mais uma intrépida aventura! Enquanto a vizinhança ria e fofocava, minha
mãe gritava:
- O moleque safado, vem
logo deitar!
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Pó de tristeza
Pó de tristeza
Heleno de Paula
Sinto e às vezes choro
Sinto e às vezes mudo
Sinto e às vezes calo
Sinto que me iludo.
Sinto. Não me consolo
Sinto por às vezes amar
Sinto às vezes o imploro
Sinto-me o solo escapar.
Sinto, eu me inspiro.
Sinto o tempo passar
Sinto-me num labirinto
Sinto não poder voar.
Sinto e às vezes há
lágrima
Sinto às vezes um dó
Sinto e escrevo essa
lástima
Sinto na garganta um nó.
Sinto que pode ser tarde
Sinto-me às vezes vão
Sinto-me apenas carne
Sinto-me, às vezes não.
Sem o teu olhar
Sem a tua voz
Sem o teu sorriso
Sem a tua grandeza
Sem ter com quem sonhar
Sem o teu sentimento
Sem a tua melodia
Sem alegria
Sem beleza
Sem estrela guia
Sem firmamento
Sem noite
Sem dia
Sem paz
Sem contentamento
Sinto-me perdido,
Vida sem poesia,
Pó de tristeza ao vento.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Eternamente criança
Eternamente criança
Heleno de Paula
Como é belo envelhecer...
É divino poder desfrutar o
dia a dia.
Errar para aprender e os
acertos ensinar.
Compartilhar as vivências só
pedindo luz no caminhar.
Aos ouvidos de Deus, ser
uma doce melodia.
O valor moral é o próprio
respeito pela vida,
E ele juntamente com o
amor faz o alicerce da família,
E essa por sua vez é a base
de tudo.
Com ela não existem
adversidades insuperáveis.
Como é bom envelhecer...
E ver que tudo que foi
ensinado por nossos pais foi providencialmente importante,
Principalmente a colocar
vírgulas para respirar nas linhas da vida.
Respirar, pausar, elucidar
o pensamento e agir.
Isso sim é de suma
importância, dar movimento ao pensamento,
Colocar em prática cada
planejamento, cada sonho, cada pequeno desejo...
Aos olhos de Deus ser a
virtuosa formiguinha das historinhas infantis.
Ser eternamente uma
criança, mesmo aos olhos dos nossos filhos.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Meu ninho
Meu ninho
Heleno de Paula
Eu, em qualquer canto faço
meu ninho.
Penso, escrevo, reconheço
meus medos,
Admito meus erros, faço
planos, sonho,
Choro, sorrio, enlouqueço
e até mesmo me curo.
Eu, em qualquer canto em
meu ninho...
Só não sei viver sozinho.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Mais uma primavera
Mais uma Primavera
Heleno de Paula
Saiba que as flores que um dia eu te dei,
Foram colhidas de dentro de mim.
Foi todo o amor que na vida eu guardei,
A pétala bem-me-quer no fim.
Tu és a minha alegria,
Tens a força tal qual a natureza,
Tange as cores em harmonia.
Sentimento que aflora,
Toque de brisa por sutileza.
Mais uma primavera a caminhar,
E como a flora, que Deus aquarele por onde passar.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Devaneio itinerante
Devaneio itinerante
Heleno de Paula
Minha alma emudeceu num
prematuro e vertiginoso instante,
Fatalidade ocasionada por
teu olhar que me acometeu.
O pensamento falho, sem
voz, pecou nesse singular momento excitante.
Minhas retinas se enclausuraram
nos teus detalhes.
Eu, já não era eu.
O mundo afora insatisfeito
por ter sido ignorado, transformado em coadjuvante, contracenava sem ter fala. Sôfrego
pelo desfecho da história instigante que sucedeu.
Perdi-me no tempo e no
espaço.
Perambulante, esqueci-me
da outra pessoa que no amor me acolheu.
Infiel por te guardar nas
lembranças, como se fosse amante.
Sofro um devaneio itinerante,
por não expor essa paixão que me abateu.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Diamante negro
Diamante negro
Heleno de Paula
Pele negra como o raro diamante,
Mas não tão intocável, posso dizer.
Ainda sinto teu corpo debruçado sobre o meu.
E de saudade ardo,
A chama não se apaga.
Faz-se presente em minha vida, assim gravada:
Paixão alucinada,
Imensurável prazer.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Choro poeta
Choro poeta
Heleno de Paula
Na calada da noite em que chora um poeta,
Solidário o céu chora brando o sereno,
Comovido o vento suspira vendo tal sentimento,
A
lua inunda o horizonte
de melancolia
E as estrelas fulguram uma triste poesia,
Que refletida no mar entre outros lamentos,
Faz os anjos cruzarem o além-firmamento,
Pra libertar esses versos da insalubre agonia.
Nasce um poema de amor junto à aurora do dia.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Fado
Fado
Heleno de Paula
Quando ouvem um triste
fado,
Sei que Alfama canta e
chora,
Chora em versos o Bairro
Alto
E Madragoa porque eu fui embora.
Enxuguei as lembranças de
Lisboa,
No meu rascunho de poesia.
E num alpendre a Cotovia,
Despediu-se com um canto
que até hoje ecoa.
Sei que a minha vida é
nostalgia,
E se não fosse eu Mouraria.
Porque a saudade me namora.
De porto em porto sei que
um dia...
Aportarei em teus braços.
Oh, pátria minha!
Um filho teu estará de
volta.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Todo mal da paixão
Todo mal da paixão
Heleno de Paula
Essa paixão violenta,
Está matando a gente
Maltratando as almas,
Corações tão febris...
Nossos corpos doentes.
Essa paixão tão intensa,
Transforma vidas em
loucura.
Tanto faz...
Tantos fatos,
Falta tato e ternura.
Essa paixão que não se
aguenta
E sequer se comove,
Quando quer fala alto,
Quando não...
Nem se envolve.
Essa paixão não se
inventa,
Tudo quer,
Já tem sede e fome,
Vida própria e agorenta,
Mal necessário do Homem.
Essa paixão sangrenta,
Parasita do amor me
consome,
Envenena os sãos...
Não salvos,
Essa paixão... Tem o teu nome.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Triste dom
Triste dom
Heleno de Paula
Ouço a chuva me chamar,
Está batendo na janela
Cada gota que escorre...
Cada toque...
Tem um triste dom de me
lembrar
Que ainda hoje pela manhã
eu chorei por ela.
Ela?
Ela é você meu amor,
Que agora habita o céu
junto à eternidade
Ela?
Ela é você meu amor,
Por quem se confundem pranto
e chuva,
Pois assim como os olhos
de Deus,
Eu também choro a saudade.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Por falar em amor...
Por falar em amor...
Heleno de Paula
Por falar em amor...
Calo-me.
Permito-me apenas senti-lo,
A alma exige esse
silêncio.
Suspiro.
Por falar em amor...
Reflito.
O pensamento incide o
querer,
Corpo e alma se rendem.
Excito.
Por falar em amor...
Por pensar em você...
Perco-me nesse silêncio,
Apeteço os teus gritos.
Deliro.
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