Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)

Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument

segunda-feira, 25 de março de 2013

Las cosas del alma


Las cosas del alma
Heleno de Paula



Siguiendo el destino
Mi alma me dice que tengo alas,
Pero aún no sé volar.
Me dice también que soy como un marino,
Hijo de las aguas y sobre las olas puedo caminar.
Dime y dime muchas cosas…
He oído a través del viento,
Que algunos no me entienden y bromean sobre mi sin parar.
De repente, la luz del pensamiento me golpea:
¡No te preocupes, son personas tristes que no saben soñar!

terça-feira, 19 de março de 2013

Até breve!


Até breve!
Heleno de Paula



Toda vez que eu penso em teus olhos,
Rendem-se e choram os meus.
Toda vez que a dor me acerta,
Punge o peito, chaga aberta...
É a ausência do teu.

Toda vez que calo o canto,
Sufoca tanto que a alma sai pra respirar.
Toda vez que a música liberta,
É a tua voz ecoando em meus sonhos,
Anjos com trombetas a te acompanhar.

Toda vez que blasfemo o destino, a vida...
Você me ensina a pedir o perdão.
Toda vez que a razão foi perdida,
Você salientou ainda:
- Na escola divina só há paz se houver compaixão!

A emoção toma conta ao te reencontrar sorrindo,
Poder te sentir igual quando eu era menino.
Agradeço a Deus por minhas preces ter ouvido,
Ter te recebido nos braços, jamais a deixado só!
Dou-lhe um abraço apertado e me despeço: - Até breve vó!




sábado, 16 de março de 2013

Ayame


Ayame
Heleno de Paula



Flor Ayame,
O Oriente querência de tuas raízes,
Despontou em meus versos ao sol nascente
Fazendo de ti lembrança tão presente,
Que meu sentimento é fadado a perder suas diretrizes.
Eu, em alma e asas que me poetizam,
Voo sobre o mundo dos Salgueiros,
Observo o silêncio das Gueixas e Lótus que ali habitam,
Encontro-te entre pétalas com um sorriso derradeiro,
Finda o sonho, não finda a vida.




domingo, 10 de março de 2013

Como as ondas


Como as ondas
Heleno de Paula



Ébrio de paixões hostis, avessas.
Parte o marujo rumo ao pôr do sol, longínquo.
Ensaia o suicídio entre as cordoalhas espessas
Hesita, teme o Caronte por um julgamento iníquo.

Navegante de mares bravios e de vidas assim igualadas
De cais em cais perde-se entre súcubos e desvarios
Põe-se a cama, entregue as almas escravizadas,
Deixa-as no alvor quente. Pobres os corações tão frios!

Apruma o veleiro do destino que o carrega
Iça as velas e a bandeira branca ao sol a pino
O azimute o orienta e o vento leva
Sem despedidas, sem fados tristes e calado o sino.

Na imensidão, liberto, some o marujo poeta.
Rosa dos ventos o inspira versos e como as ondas, vou te seguindo...











terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Lapso


Lapso
Heleno de Paula



Distraí-me no silêncio do vazio que deixastes.
Apeteço tua voz em minha vida.
Vago em meio tempo, num curto espaço...
No vão que arquitetastes.
Lacunoso por tua ausência, meu pensamento quase falha sem a razão que lhe aprazia.
Mas não se preocupe, é intrínseca essa carência, irrefutável.
Pois como todo poeta de emoção tão variável,
Até um lapso de loucura me incita a poesia.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Onde anda você?


Onde anda você?
Heleno de Paula



Onde anda você?
Minha vida esvaiu sem você.
Penso num sorriso e vem você,
Penso num desejo e vem você,
Num prazer, e vem você.
Ainda penso...
Sou mais você.
E ainda a sinto, sem ter você,
Sem sequer a ver.
E tanto minto pra esquecer,
Que só consigo me perder.
Onde era lindo, só fiz chover.
Voei entre lágrimas,
Asas pesadas pelo findo querer.
E suspiro pouco a pouco a perecer,
Tempo que me maltrata,
Dilacera o peito ou o que ainda resta,
Arranca-me a alma, punge o destino,
Fere sonhos, fez-se a saudade. Essa sim fez doer!
E ainda dói.
Dói não te encontrar,
Dói não mais sonhar,
Dói não mais amar,
E como dói não me conhecer.
Jaz o meu saber,
Sem contento por não conseguir entender como deixei nosso amor fenecer.
Onde anda você?




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Lá da Portela


Lá da Portela
Heleno de Paula


Amor desses de uma noite é bom só no carnaval,
Depois já não faz tão bem, machuca feito açoite,
Daí já não é tão mal ter um amor convencional.
Meu peito quando clama alguém, é sinal que ele quer sossegar,
É o motivo da razão que lhe convém, de durante o ano não querer se maltratar.
Num romance eu me mostro maduro e verdadeiro,
Faço de tudo o tempo todo, só pra agradar.
Mas tudo corre apuro, pois é chegado Fevereiro,
Apodreço, faço das ruas o meu novo lar.
Só volto Quarta-Feira, sujo em cinzas, venho cantando... Lá, laiá, laiá...
Finjo e digo que nada aconteceu, pra quem sempre me pergunta: - Que mulata era aquela?
Falo que desconheço esse assunto, e para os insistentes, eu me exalto e grito: - Nunca vi, deve ser lá da Portela!
Dou mais um gole na saideira e despisto o povo com uma velha brincadeira, descontraindo o que se sucedeu.
Dou uma boa gargalhada, e encerro toda a conversa fiada perguntando: - Tem culpa eu?
Saio de fininho, viro à direita rapidinho, e ao longe eu vejo uma doce criatura, que no portão de casa sempre fica a me esperar.
Então pensei... Chegou ao fim mais uma intrépida aventura! Enquanto a vizinhança ria e fofocava, minha mãe gritava:
- O moleque safado, vem logo deitar!





quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pó de tristeza


Pó de tristeza
Heleno de Paula



Sinto e às vezes choro
Sinto e às vezes mudo
Sinto e às vezes calo
Sinto que me iludo.

Sinto. Não me consolo
Sinto por às vezes amar
Sinto às vezes o imploro
Sinto-me o solo escapar.

Sinto, eu me inspiro.
Sinto o tempo passar
Sinto-me num labirinto
Sinto não poder voar.

Sinto e às vezes há lágrima
Sinto às vezes um dó
Sinto e escrevo essa lástima
Sinto na garganta um nó.

Sinto que pode ser tarde
Sinto-me às vezes vão
Sinto-me apenas carne
Sinto-me, às vezes não.

Sem o teu olhar
Sem a tua voz
Sem o teu sorriso
Sem a tua grandeza
Sem ter com quem sonhar
Sem o teu sentimento
Sem a tua melodia
Sem alegria
Sem beleza
Sem estrela guia
Sem firmamento
Sem noite
Sem dia
Sem paz
Sem contentamento
Sinto-me perdido,
Vida sem poesia,
Pó de tristeza ao vento.




sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Eternamente criança


Eternamente criança
Heleno de Paula



Como é belo envelhecer...
É divino poder desfrutar o dia a dia.
Errar para aprender e os acertos ensinar.
Compartilhar as vivências só pedindo luz no caminhar.
Aos ouvidos de Deus, ser uma doce melodia.
O valor moral é o próprio respeito pela vida,
E ele juntamente com o amor faz o alicerce da família,
E essa por sua vez é a base de tudo.
Com ela não existem adversidades insuperáveis.
Como é bom envelhecer...
E ver que tudo que foi ensinado por nossos pais foi providencialmente importante,
Principalmente a colocar vírgulas para respirar nas linhas da vida.
Respirar, pausar, elucidar o pensamento e agir.
Isso sim é de suma importância, dar movimento ao pensamento,
Colocar em prática cada planejamento, cada sonho, cada pequeno desejo...
Aos olhos de Deus ser a virtuosa formiguinha das historinhas infantis.
Ser eternamente uma criança, mesmo aos olhos dos nossos filhos.




quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Meu ninho


Meu ninho
Heleno de Paula



Eu, em qualquer canto faço meu ninho.
Penso, escrevo, reconheço meus medos,
Admito meus erros, faço planos, sonho,
Choro, sorrio, enlouqueço e até mesmo me curo.
Eu, em qualquer canto em meu ninho...
Só não sei viver sozinho.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Mais uma primavera


Mais uma Primavera
Heleno de Paula 





Saiba que as flores que um dia eu te dei,
Foram colhidas de dentro de mim.
Foi todo o amor que na vida eu guardei,
A pétala bem-me-quer no fim.
Tu és a minha alegria,
Tens a força tal qual a natureza,
Tange as cores em harmonia.
Sentimento que aflora,

Toque de brisa por sutileza.
Mais uma primavera a caminhar,
E como a flora, que Deus aquarele por onde passar.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Devaneio itinerante


Devaneio itinerante
Heleno de Paula


Minha alma emudeceu num prematuro e vertiginoso instante,
Fatalidade ocasionada por teu olhar que me acometeu.
O pensamento falho, sem voz, pecou nesse singular momento excitante.
Minhas retinas se enclausuraram nos teus detalhes.
Eu, já não era eu.
O mundo afora insatisfeito por ter sido ignorado, transformado em coadjuvante, contracenava sem ter fala. Sôfrego pelo desfecho da história instigante que sucedeu.
Perdi-me no tempo e no espaço.
Perambulante, esqueci-me da outra pessoa que no amor me acolheu.
Infiel por te guardar nas lembranças, como se fosse amante.
Sofro um devaneio itinerante, por não expor essa paixão que me abateu.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Diamante negro


Diamante negro
Heleno de Paula


Pele negra como o raro diamante,
Mas não tão intocável, posso dizer.
Ainda sinto teu corpo debruçado sobre o meu.
E de saudade ardo,
A chama não se apaga.
Faz-se presente em minha vida, assim gravada:
Paixão alucinada,
Imensurável prazer.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Choro poeta

Choro poeta

Heleno de Paula


Na calada da noite em que chora um poeta,
Solidário o céu chora brando o sereno,
Comovido o vento suspira vendo tal sentimento,
A lua inunda o horizonte de melancolia
E as estrelas fulguram uma triste poesia,
Que refletida no mar entre outros lamentos,
Faz os anjos cruzarem o além-firmamento,
Pra libertar esses versos da insalubre agonia.
Nasce um poema de amor junto à aurora do dia.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Fado


Fado
Heleno de Paula



Quando ouvem um triste fado,
Sei que Alfama canta e chora,
Chora em versos o Bairro Alto
E Madragoa porque eu fui embora.

Enxuguei as lembranças de Lisboa,
No meu rascunho de poesia.
E num alpendre a Cotovia,
Despediu-se com um canto que até hoje ecoa.

Sei que a minha vida é nostalgia,
E se não fosse eu Mouraria.
Porque a saudade me namora.

De porto em porto sei que um dia...
Aportarei em teus braços. Oh, pátria minha!
Um filho teu estará de volta.



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Todo mal da paixão


Todo mal da paixão
Heleno de Paula



Essa paixão violenta,
Está matando a gente
Maltratando as almas,
Corações tão febris...
Nossos corpos doentes.

Essa paixão tão intensa,
Transforma vidas em loucura.
Tanto faz...
Tantos fatos,
Falta tato e ternura.

Essa paixão que não se aguenta
E sequer se comove,
Quando quer fala alto,
Quando não...
Nem se envolve.

Essa paixão não se inventa,
Tudo quer,
Já tem sede e fome,
Vida própria e agorenta,
Mal necessário do Homem.

Essa paixão sangrenta,
Parasita do amor me consome,
Envenena os sãos...
Não salvos,
Essa paixão...  Tem o teu nome.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Triste dom


Triste dom
Heleno de Paula


Ouço a chuva me chamar,
Está batendo na janela
Cada gota que escorre...
Cada toque...
Tem um triste dom de me lembrar
Que ainda hoje pela manhã eu chorei por ela.
Ela?
Ela é você meu amor,
Que agora habita o céu junto à eternidade
Ela?
Ela é você meu amor,
Por quem se confundem pranto e chuva,
Pois assim como os olhos de Deus,
Eu também choro a saudade.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Por falar em amor...


Por falar em amor...
Heleno de Paula



Por falar em amor...
Calo-me.
Permito-me apenas senti-lo,
A alma exige esse silêncio.
Suspiro.

Por falar em amor...
Reflito.
O pensamento incide o querer,
Corpo e alma se rendem.
Excito.

Por falar em amor...
Por pensar em você...
Perco-me nesse silêncio,
Apeteço os teus gritos.
Deliro.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Deus está convosco e comigo


Deus está convosco e comigo
Heleno de Paula



Aos que me tem no pensamento, peço:
Fiquem bem tranquilos, desatem esse nó da garganta e enxuguem as lágrimas de tristeza.
Não há o que temer, estou curado e muito além...
Além das expectativas depositadas,
Além das coisas da vida tão questionadas,
Além do mais...
Em se tratando de dores, já não sinto nada.
Estou perto de tudo e de todos que já não via faz algum tempo.
E como fui bem recebido, nem por um instante me senti só.
Mamãe acredite! Fui colocado diretamente no colo da vovó.
Ah! Que alegria! Como é bom poder voltar a correr...
Ser fonte de luz e esperança...
E provar pra todos que realmente eu estava certo,
Mesmo distante, cá do alto, mamãe!
Comparado ao seu sorriso não há nada igual,
Nem mesmo o meu quando chamado de criança.
Imensurável foi descobrir que sem dúvidas o papai é um herói, feito esses dos quadrinhos dos jornais.
Ouço meu nome a toda hora, sei que sentem a minha falta,
Mas não se preocupem, conheci a verdadeira paz e certamente um dia estarei de volta.
Meu anjo da guarda ensinou e hoje eu vos bendigo:
O tempo acalma a alma,
A fé se renova nas preces,
Deus está convosco e comigo,
E assim o coração de amor se prevalece.



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Chora


Chora
Heleno de Paula



Chora.
Chora porque as lágrimas são misturas de água e sentimentos, são por elas que se purificam as almas dos rebentos.
Não temas, chorar nem sempre é se mostrar fraco diante dos percalços do destino, tampouco apenas expressão de dor ou sofrimento.
Chorar pode ser a alegria impressa por tuas conquistas e glórias, então chora.
Chora.
Coloque para fora todas as tuas íntimas sensações nessa hora.
Não se preocupe com as dimensões do efeito nesse momento.
Tudo, tudo cabe apenas nessas gotas que escorrem dos teus olhos agora.
Se as emoções virarem pranto é um advento.
É chegado o tempo de mudar a tua história.
Chora.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Arpoador


Arpoador
Heleno de Paula


Incansável é admirar-te Arpoador,
Benditas são as águas claras que te banham,
Bendito o sol e a lua que sempre te acompanham,
Bendito é o sorriso do solitário pescador.

O horizonte visto de tuas pedras é incomum.
Tua brisa a quem refresca, sensibiliza.
Teu show à parte é o pôr-do-sol que hipnotiza,
E a lua cheia desperta amores, um a um.

Perco-me no tempo à beira-mar,
O pensamento mergulha junto às ondas,
E os versos voam como grãos de areia.

O vento é poesia a se declamar.
No meu silêncio respiro, ouço as conchas,
Entrego-me ao teu encanto de sereia.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Diz o que fazer?

Diz o que fazer?
Heleno de Paula



Vai...
Diz o que fazer?
É... Você mesma!
Diz o que fazer pra te esquecer?
Você que hoje é sinônimo de saudade,
Ou também chamado amor de verdade.
Vai...
Diz o que fazer pra te esquecer?
Custe o que custar,
Doa o que doer,
Não hesite em me dizer.
Diz o que fazer pra te esquecer?
O que devo fazer se ao cerrar meus olhos ainda a vejo?
E se adormeço... 
Em sonhos te sinto e desejo.
O sol me desperta, mas não sabe mais o que fazer.
Amanheço, mas não faço acontecer.
A brisa que me beija, tem até teu toque de querer,
Mas infelizmente não é você e nada poderá me dizer.
Vai...
Então me diz de uma vez...
O que devo fazer pra te esquecer?
O que devo fazer se até as flores anseiam o perfume que advêm de você?
Um olor envolvente, provocante de pura sensualidade,
Essência que só há em você.
Uma mistura de lichias vermelhas,
Marmelos dourados,
Kiwis exóticos com um toque caramelado,
A delicadeza das orquídeas e dos jasmins,
O doce chocolate branco,
A magia do almíscar,
A perene raiz de íris,
Por fim, a sutileza amadeirada do prazer.
Vai...
Diz o que fazer pra te esquecer?
O que posso fazer se o passado agora é chamado lembrança?
Os bens conquistados me trouxeram bonança,
Mas os planos não foram realizados, já não são esperanças,
E de volta ao futuro já não tenho você.
Creio que assim ficou mais fácil compreender,
O porquê de não conseguir te esquecer!
Porque o amor ainda vive em mim,
E o meu pensamento ainda vive você.
E ainda assim eu pergunto a você:
Vai...
Diz...
O que devo fazer pra te esquecer?








segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Sem viés


Sem viés
Heleno de Paula



Mal e entediado,
Tenho acordado cansado dos sonhos sonhados,
Das coisas reais,
Das esperanças carnais.
A mente pesada já pensou bem mais.
Está depressiva, escura.
Breu no quarto, no pensamento e na alma.
Frio, calafrios e uísque sem gelo.
Acendo um cigarro que entorpece minha demência passional.
Sentado à janela no meu calabouço quarto,
Relaxo na típica pose de loucura.
Estufo o peito, respiro fundo,
Esboço uma possível tentativa de erguer-me,
O corpo me trai, tombo e resmungo.
Ouviu o galo cantar pela terceira vez Pai?
Lágrimas, há culpa e devaneios.
A solidão desconhecida excitou-me a provar o fel
Fraco, opaco na vida esmoreci no meu leito,
Entre penas, tintas e papéis.
Vis ferramentas,
Transmutaram minha trajetória em meras poesias incompreendidas,
Versos de atitudes sem viés.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Anjo caído


Anjo caído
Heleno de Paula


Deleita- se entre as pétalas da promiscuidade
Do teu corpo é exsudado o bálsamo do prazer
Tua essência é chamada de luxúria
Passando em mãos, tem malícia sem incúria,
Tua nudez é o frasco ímpar do querer
Excita homens e mulheres por ensejo,
A natureza que fecunda teus desejos
É só carnal, sem sentimento, sem sofrer.
Teu aroma é volátil em cada cama
Íncubo ou súcubo, não importa como se chama,
O teu nome é indiferente de saber.
Anjo caído, por pecados e infâmias,
Manchou minh’alma de libido ao me ter.
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