Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)

Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Convite ao prazer


Convite ao prazer

Heleno de Paula


Ontem a noite foi intensa, assim como o desejo em nos querer.
Teus dentes cerravam meus lábios, olhos fechados por carícias nas partes,
O cheiro exalado denunciava nossos delírios de prazer.
Tua carne nua e frágil, mas despudorada,
Chamava-me mais e mais, sem nada a temer.
Pés, mãos e marcas nos dorsos,
É sempre assim enquanto eu tenho você.
Excitei meu pensamento esta manhã ao lembrar de detalhes.
E por falar em luxúria, hoje mais tarde, o que vai fazer?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Literatura de Cordel - A Flor de Laranjeira e o Sabiá


Literatura de Cordel
A Flor de Laranjeira e o Sabiá
Heleno de Paula


Foi sob a sombra da mais linda laranjeira,
que ouvi um gorjeio e vi você que me pousou.
Acostumada com a sonata derradeira,
me encantei com o canto novo que ecoou.

Em tuas asas me trouxestes alegria,
e foram assim todas manhãs que aqui chegou.
Vivenciei a liberdade e a harmonia,
a natureza é a perfeição que Deus criou.

Eu que enxugava o pranto orvalho em poesia,
agora seco cada verso em teu amor.
Oh! Cantador, Sabiá sei que um dia,
não voltas mais, vás buscar a outra flor.

Lembrarei teu canto, a tão sublime melodia,
e ao poeta inspirarei um verso em dor. 
Triste canção do nosso encontro, que ironia!
Alçou teu voo e ao partir me desfolhou.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Por falar em complexidade...


Por falar em complexidade...
Heleno de Paula


Fui embriagado pela seiva da vida, o que me deixou sóbrio à realidade do momento.
Complexidade é tornar tênue o viver, sem reconhecer e deter seu algoz.
Saber não é o mesmo que fazer. Assim como o querer não se torna poder quando o pensamento é o seu verdadeiro atroz. Relutar com a própria natureza com ímpeto, é sacrificar a alma, é suicidar-se de dentro pra fora, nada adianta martirizar o corpo com os desânimos iminentes, pois são apenas reflexos do que você fez na vida. Seja a causa e não consequência, a carne perece rapidamente sem a consciência perene. Eminente e salutar é prescrever positivismo ao seu Eu, as vicissitudes extirpam-se, o estado volúvel se aquieta, a paz se aproxima e a razão se entrelaça com a emoção que se desperta. Necessitamos nos fazer e nos sentir presentes no mundo, mas acima de tudo amar com sabedoria, para que a nossa caminhada seja mais branda, mas sem esquecermo-nos a importância de conhecer as dificuldades, admitir os erros, nos desculpar e corrigi-los, saber que temos limitações, porém sem se deixar limitar pelos outros. Se conheça. Pense. Viva sem comparação. Alimente-se de compaixão. Ame sem moderação.  

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Que vida é a sua?


Que vida é a sua?
Heleno de Paula


Tem vida que é toda mar
Tem vida que tudo há mata
A vida que é toda mar
Tem marés altas e baixas
                   
A vida que tudo há mata
Quando cresce demais
Escurece seu interior
Não se enxerga a paz
                  
A vida que é toda mar
Sempre busca a enseada
Faz do porto seguro
Seu descanso pra alma

A vida que tudo há mata
Necessita de boa raiz
Pra que os ventos mais fortes
Não derrubem o eterno aprendiz

A vida que é toda amar
Se enaltece, vive mais a sorrir
A vida que tudo a mata
É instável, mas capaz de seguir

Ambas as vidas se entrelaçam
Natureza que Deus criou
Nada se perde, só se transforma
É a escola divina do amor.

O mar me espera


O mar me espera
Heleno de Paula




Sou marujo e o mar me espera
O barco chama, já vai partir
Partiria a alma se eu pudera,
Pra que metade ficasse aqui

Vida longa que se navega
De cais em cais um amor gentil
Aporto o sonho numa quimera
A onda o invade sem ser sutil

Afoga a alegria e também a tristeza
Revolto oceano, sei que é meu lugar
Joga-me ao fundo, mas tenho a destreza
Pra não me ferir e logo voltar

Flores na areia, maré vai, maré vem...
Sinto o coração da sereia, sei que ele chora também.


Diferente


Diferente
Heleno de Paula


A noite estava linda e eu estava muito contente
Queria dançar, mesmo que fosse uma canção dolente
Daí você surgiu assim “puf” na minha frente, foi de repente
Pronto, nossa história começou com um olhar diferente
Em seguida fui apresentado ao teu nome diferente
O que na hora me deixou muito ridente
Era fato, estava conhecendo uma pessoa bem diferente
É verdade, já é sabido que as pessoas são diferentes
Mas entre todas elas, você é a mais diferente, sinceramente
O que é igual em você se torna diferente
Porque é igual pra você, só pra você, por isso latente
Pra você teu jeito é normal, legal, despojado, mas é claro sempre decente
Mas pra mim é muito mais, não sei simplificar, é diferente
Teu sorriso reluz e minha alma o traduz literalmente
É semente de paz, carinho, todo fulgor é paixão incandescente
E se meu peito a conduz e ao meu corpo seduz constantemente
É sinal que amor andava sozinho, coração tristonho todo carente
Brindamos, conversamos e nos beijamos finalmente
Estamos construindo uma relação passo a passo cuidadosamente
Pode-se até se dizer que estamos plantando uma semente
E depois de todo esse tempo ainda não se acha diferente?
Meu sentimento não se enganaria, estava na cara era evidente
Não precisei ser mago feiticeiro ou algo do tipo vidente
Você completou o que em mim simplesmente já estava ausente
E agora entende o porquê de ser tão diferente?
Bom, vou citar mais dois exemplos somente
Pra você seus braços são iguais aparentemente
Mas pra mim são muito mais, sem dúvidas, realmente
São abraços apertados, portas do céu, morada e recanto de divina patente
Outro exemplo é que no jardim de Deus, tu és a flor com o brilho mais luzente
E o aroma então, é incomparável, é ímpar, é o mais diferente
Mas pra você tudo é normal, pele e cor natural todo dia ou quase sempre
Por ser tão diferente é lógico que eu guardo e o quero para mim somente
Poderia continuar descrevendo como você é infinitamente
Explicando o quê e o porquê de ser tão diferente
Mas aí então você iria dizer: Que isso, que nada, você é que pensa!
E eu diria mais uma vez: Você é diferente sim, fez diferente e faz diferença.
 



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Nitidez? Pra quê?


Nitidez? Pra quê?
Heleno de Paula

Nitidez pra quê?
Já estamos cegos há muito tempo
Não existe respeito ao Ser
Tampouco sobrevive o sentimento
É... Vai saber...
Desde que a rua é rua
Só se vive o lamento
A realidade é nua e crua
Marca de cobertor é relento
Capitalismo, Socialismo, Imbecilismo...
Qualquer outra doença
Já não aguento
Antes era vide a bula
Agora é vide a consequência
Roubar do pobre pode
Mostrar a bunda que é indecência?
Acorda meu povo!
Vamos tranquilizar a consciência
Enxergar o próximo como ao todo
E esperar do todo só a clemência.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Amado relicário pra Caymmi


Amado relicário pra Caymmi
Heleno de Paula



Do meu amor nasceram esses versos
E transformei tudo em canção
As maravilhas do universo
Somei a você meu coração
Relicário da vida em meu peito
Guarda o bem maior da minh’ alma
Sentimento de paz fez teu leito
Repousando você joia rara
Adornei com o sorriso da infância
Fitas, flores e verde esperança
O saveiro que vou navegar
Horizonte perdido à distância
Sol e lua adormecem no mar
Aportei na maré da criança
Calma e clara, vi a sereia chamar
Descansa Caymmi sob a luz da lembrança
Ouvindo o amado e doce cantar.
“É doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar...”. 

sábado, 14 de abril de 2012

Quero


Quero

Heleno de Paula


Quero o gosto dos teus lábios
Mesmo com o hálito das manhãs
Quero o teu corpo molhado todo suado
Respirar teu odor e pecar entre as maçãs
Quero abraçar tuas partes
Me lambuzar à vontade
Me embriagar intimamente,
E poder dizer que finalmente
Encontrei o amor de verdade.

Triste jardim


Triste jardim
Heleno de Paula

Por diversas vezes imaginei você
E quando surgiu, pedi a Deus pra ser meu anjo
A força maior do amor
Minha vida enfim ganhou mais cor
Nossa história nasceu e cresceu como a mais bela flor
Mas o tempo vil, feriu e a debulhou
A paz se foi assim como o nosso querer
O jardim triste jaz sem te ver
O vento soprou, a chuva caiu, a paixão se foi...
Dor se dividiu
Hoje lembro mais do nosso viver
E só agora entendi
Foi preciso chorar pra aprender.

Sim


Sim
Heleno de Paula
            
Sim,
Ainda arde dentro de mim
Uma paixão sem fim
O destino é assim:
Nasce, cresce e morre
Vida feliz por um sim
Sim de um amor que traz em você
Surge em flor e tange o prazer
Desperta a alma, meu sol, meu querer
Reluz teu sorriso de amanhecer
Que hoje eu te juro o eterno viver
Viver de alegria, de paz, de você
Vem pra mim
Diz que sim
Eu me entrego de qualquer jeito
Meu corpo, tua carne, desnudo peito
Vem assim
Me diz só sim
Que eu te levo ao céu, sem véu, sem mais...
Só Ás
Hás de sentir
Hás de sonhar
Aqui me amar 
Deitar, rolar...
Como areia a beira mar
Brincando,
Indo e voltando ao seu verdadeiro lugar
Simples assim...
É só dizer sim. Sempre. Enfim.

Reencontro


Reencontro
Heleno de Paula

Pode até ser verdade,
que pensei em teu corpo sobre o meu
Mas muito mais que vontade
Revivi um sentimento que nos pertenceu
O carinho do amor, todo mel da paixão
Nada foi em vão,
Se hoje somos lembranças,
e há beleza no que se diz
Brindemos o reencontro com a esperança, tenhamos um destino feliz!

Vale mais o final

Vale mais o final
Heleno de Paula

Sabe quando a gente se amou
O tempo riu, parou só pra nós dois
Diga que nada mais sente
Que não se arrepende da separação
Minta, mas bem direitinho
Pois pra flor o espinho
É defesa em vão
Posso até ter perdido a partida
Em se tratando de vida
Vale mais o final
Se os sonhos vão se realizando
Eu pergunto até quando,
Vai chorar teus enganos
Triste fim irracional?
Mulher, enxuguei o teu pranto
E rezei para os santos pedindo proteção
A quem me feriu a vida
Sem adeus na partida
Hoje tens meu perdão.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Poesia a minha amada

Poesia a minha amada

Heleno de Paula


Palavras quando remetidas a imagens
Tornam-se lembranças
Assim nascem sorrisos
Brotam lágrimas
Faz-se a esperança
Virtude que em mim estava adormecida
E despertou com a tua chegada
Linda alma, pura e sisa
Hoje a agradeço por fazer parte de minha vida
Contemplando o céu
Vi teu sorriso
Sinal de Deus pra alegre sina
Que seja longínqua essa caminhada
E eterna a chama
Chama os versos
Poesia a minha amada.



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Linda Estrela


Linda Estrela
Heleno de Paula




Anoiteceu.
A lua sorriu.
No céu cor de breu você apareceu.
Linda estrela que reluziu!
O pano de fundo do firmamento,
Foi escolhido por Deus contemplando os olhos teus,
Às vezes profundo pensando na vida,
Refletiu no mar o amor que é só meu.

Amanheceu.
O sol reluziu.
No céu cor de Deus o olhar adormeceu.
Linda estrela que partiu!
Mar tantas vezes profundo, que o olhar não contempla o breu.
Vida pensando no firmamento,
Refletiu nos olhos meus que é pano de fundo,
Do incandescente amor que eu escolhi pra ser teu.


Verdades


Verdades
Heleno de Paula 



Te amei mais que a mim.
Luz da manhã, não faça assim.
Te dei carinho, felicidade...
Em nossa história reinou só a verdade.
Lembro-me do primeiro beijo,
Desejo, nossa liberdade.
Brindamos naquele momento a vida que hoje é só saudade.
Verdade.
Não vivemos tudo, de tudo fomos só metade.
De um lado corri pro futuro,
Do outro me faltou coragem.
Verdade.
Mas isso não endureceu meu coração,
Pois as lembranças ainda me fazem sorrir.
As brincadeiras que marcaram nosso amor, verdade! 
Quanta falta vou sentir!
Em cada toque, paixão, tesão e fulgor
Em todo canto teu cheiro, ímpar flor.
Seremos dois quando disser: -Mentira!
E uma sina quando lembrar, verdade.


Os Ciclos

Os Ciclos

Heleno de Paula



O pôr do sol me inspirou.
O céu azul era o véu do mar.
A lua prata surgiu junto às estrelas,
e contemplaram-se num fugaz olhar.
O mundo parou, me cingiu,
com o puro sentido de amar.
Amei com a alma e compreendi,
que o vai e vem das marés são ciclos.
É vida em equilíbrio.
O fim pronto pra recomeçar.
Pés descalços na areia,
onda veio me banhar.
Estendeu um manto, desses que clareiam!
Ouvi a sereia cantar.
Sentimentos que transformam, inebriam...
Teu perfume era a brisa no ar.
Chorei os lamentos, afoguei todo pranto.
Minhas lágrimas tocaram o oceano-espelho,
que nesse instante reluzia o luar.
Assim cada gota fez-se espuma,
como pétalas brancas, adornaram meu caminhar.
Voltei ao meu cais, meu porto seguro,
o colo que acalma e acalanta o sonhar.
Sonhei como não sonhava mais.
Admirava o infinito horizonte,
de onde a noite renasce, o dia adormece...
e a tristeza até hoje jaz.


sábado, 12 de novembro de 2011

Luz da manhã


Luz da Manhã 
Heleno de Paula


Luz da manhã,
Ontem quase te perdi
Não pela noite,

Nem pelo que ela me traz
Quase te perdi

Pela cegueira do egoísmo,
Que às vezes me consome,
Outras, eu o alimento.
Fui fraco...

Embriagado por uma falsa sensação de segurança
Seria fácil demais remediar tal desventura
Se pudesse regressar o tempo,
Como não posso,
Vou fazê-lo companheiro dos alvoreceres
Em que te vejo, te sinto e exponho meus desejos
Só assim,

Vou me permitir viver com a esperança
De resgatar a tua confiança
E ter um eterno bom dia.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Pensamento


Pensamento
Heleno de Paula



Incontáveis são as vezes que penso escrever algo,
Que ao ser lido, soe de forma sutil aos ouvidos dos outros
Incansáveis noites foram e serão as que ainda o farei
Quando sou agraciado por elogios sinceros, mesmo que poucos
Pode-se até dizer que um objetivo alcancei
Mas o que fazer se não me sinto saciado
Transcrever o sentimento se fez necessário
Meu bálsamo curador, lenitivo, só eu sei
Esboço os traços da alma      
Transformo lágrimas e sorrisos em letras
Meu verdadeiro amparo
É manter essa chama acesa
Oh! Amor puro me banhe com a sapiência
Inunde meu pensamento sem me tornar náufrago do ego, vide consequência
Quero conhecer o que é a vida
Percorrer seus caminhos de dentro pra fora
Finalmente aprender que a saída
Tem seu tempo, sua hora
Despertamos ao preenchermos as lacunas viscerais
Enigmático Eu, sejas sempre a chave mestra dessa viagem contínua,
Não a tranca que aprisiona os ideais
Não quero analisar as pessoas
Não vejo o que está à minha volta
Nem sempre a visão é tão boa
Quando se olha por trás da porta
Quero descobrir como sair de dentro de mim
Estou preso, mas o interessante é que não tenho medo
No passado até tive sim!
Evoluí sem segredo
Desmistifiquei as diferenças em meras formas de preconceito
Hoje mais solícito às convivências
Ganhei a paz que fez morada em meu peito
A capacidade de um indivíduo realizar qualquer coisa que realmente queira
Nos aproxima uns dos outros
Não é tese, lei ou simples besteira
Ideologia minha, enfim tampouco
Busco consolar meu coração sem me perder na razão
Alimentar as dores, ansiedades e desilusões com a doçura do lado positivo
Finalmente aprender o real sentido da existência nesse mundo
Contemplar a harmonia e extinguir o desgosto profundo.

Nossa história


Nossa história

Heleno de Paula


Nossa história nasceu assim:
Quando você surgiu na minha vida
Eu estava perdido dentro de mim
Me iluminou e ajudou a encontrar uma saída
Me resgatou da triste solitária revertendo meu fim
Eu não estava morto, só não vivia
Nem vivi um pesadelo, pois não dormia
O meu mundo era outro, uma ilusão
Desventuras causadas por uma paixão
Transcendi num plano maior
Conheci o tempo que me acolheu e me protegeu,
mas sem dó...
Me aprisionou dentro do “Eu”
por si só...
E quando desvendei o enigma da salvação
Fui guiado por suas retinas de celeste brilho
A seguir em frente, cumprindo o destino...
Alimentando a alma de paz e de amor o coração
E agora que me sinto tão bem,
Por me ver em seus olhos cheios de luz
Só quero expressar o carinho a quem me tem
A eterna gratidão por me salvar da cruz
Eu quero compor pra você o mais lindo verso de amor
Eu quero poder fazer com perfeita harmonia
Uma doce melodia para um coração sem dor.


Nem sim, nem não


Nem sim, nem não
Heleno de Paula


Somos diferentes sim
Não no jeito de amar
Nem tampouco se dar
Fim pra recomeçar feliz,
Feliz novamente...
Talvez como sempre fui com você
Pra não padecer indigente
Sim, indulgente pra salvar o amor
Não, pra não mais sofrer com a dor
Nem chorar alimentando um rancor
Sim, se preciso for...
Foi...
Foi embora sem dizer adeus
E agora o que faço?    
Perdido estou sem teus abraços
E o sozinho de novo, é vazio sim
É triste.
Sim, foi preciso nos separarmos,
Pra valorizarmos a verdade que há na gente
Pois nem só a paixão,
Nem só as palavras foram suficientes
"...Sim, deve haver o perdão..."


Nas noites de amor


Nas noites de amor

Heleno de Paula



Dê–me um sorriso que eu me entrego,
Tão mais que preciso for.
Toque os cabelos, me perco em seus dedos.
Doces afagos, me rendo aos seus braços.
Descanso profundo.
Viver é ter você em mim.
Vem me provar por inteiro,
Provocar sem receios
E ceder aos apelos que eu faço.
Mata a sede.
Na taça desejo segredos são revelados.
Embriagados sem asco ou pudor,
Sou eu e você, apenas um nas noites de amor.


Lapa de Outrora


Lapa de Outrora
Heleno de Paula


Lapa querida,
Antes tão marginalizada, que saudade!
Parece que foi ontem, “ eu vivia...”
A lua, uma amante enamorada
Dentre todas as outras é claro!
Em cada esquina eu tinha uma amada
Orgias, flores, valentia e madrugada
Um sentimento se dava ao outro
Trovas, versos, a boêmia me inspirava
Ruas, becos e putas de(s)calçada(s)
Ouviam-se sambas, poesias e mentiras entre risadas
Rio, terra minha, maravilha idolatrada
Arcos que abençoem essa nostalgia desvairada.
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