Lei de Direitos Autorais (Direitos de Autor e Direitos Conexos)

Essas obras literárias são protegidas pela lei número 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.610-1998?OpenDocument

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Alma poeta


Alma poeta
Heleno de Paula


Leia-se amor
Inspire-se em sentimentos
Plausível é viver no bom humor
Sorrir pra remediar qualquer desalento
Apascentar o coração dia a dia
É se conhecer, é buscar-se intimamente,
Só pode achar-se um vencedor
Quem na vida doar-se
For complacente
Seja afeto
Eterno feto em desenvolvimento
Pequeno aos olhos de Deus
E que seja ínfimo até
Quanto menor mostrar-se, maior será a tua glória,
Humildade suplantando as vicissitudes
Uma alma poeta completando um pequeno capítulo de sua história.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Lapa em silêncio


Lapa em silêncio
Heleno de Paula


Lapa em silêncio
O sol te adormeceu
Secou tuas lágrimas de sereno
Tua maquiagem já manchada,
Pelos arcos escorreu.

Desgastados pela loucura
Entorpecidos pelas drogas
Tua humanidade é carne crua,
Tua alma nua é ainda inóspita.

Insanos em cada esquina
Arrebatados pela madrugada
As vidas se perdem numa partida
Os destinos regressam uma jogada.

Por te amar corro esses riscos
Defendo-te prenda minha, a boêmia apaixonada,
Quebro as grades do preconceito
Liberto-te nas canções e nas poesias,
Nos pensamentos e nas noites enluaradas.



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Idílio poema


Idílio poema
Heleno de Paula
                       Imagem Idílio - Tarsila do Amaral



Tão verdes são as minhas lembranças
Marcaram-me, como essas pegadas na terra,
Vejo dançar os capins das impávidas montanhas
O aroma me alcança e meu sorriso desperta.

Fecho os olhos e respiro profundamente,
O ar me adentra, oxigena a pureza em abundância,
Inspiro o idílio poema suavemente
Suspiro com os tons de aquarela da infância.

Caminho livre por teus vales
Voo e navego em tuas belezas
Teu corpo banhado por mares
Teu colo colina o meu apogeu... Minha fortaleza.







sexta-feira, 6 de julho de 2012

Concha aberta


Concha aberta
Heleno de Paula


Escrevi uma poesia na beira da praia
Na imensidão da mais bela areia
Veio a espuma da onda do mar
Levando meu poema pra sereia

Eu ouvi uma melodia
Canto triste que ecoou
Janaína que surgia
E meus versos ela entoou

Brilha estrela do mar
Reflete teu lume, me clareia,
Uma estrela no céu vai me guiar
E o vento me apruma, não bambeia.

O pranto do mundo termina no mar
No oceano a tristeza se dissipa
Cada vida é um barco a se navegar
E o amor é o porto onde ele se finca

Aportei no teu cais o meu destino,
Seguro demais fiz a minha morada
Mas o meu sentimento é maré com seus ciclos
Quando baixa, lamento a dor,
Feito concha aberta na enseada.




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